sexta-feira, 30 de março de 2012

Das mãos da Dona Ermelinda

Amanhã, a partir das 16h00 na loja do Porto, venha provar o Pão de Ló e o Pão Doce da Dona Ermelinda, acompanhados de refresco. Na Rua Galeria de Paris 20, primeiro andar. Para provar, degustar e apreciar - o doce continua a não amargar.

"Porque o tempo é de Páscoa, apresentamos os nossos dois primeiros produtos, com a generosidade de quem convida para as festividades em família, e oferece o Pão-de-Ló e o Pão Doce, acabados de sair do forno a lenha, preparados somente com ingredientes naturais, e com a sabedoria intemporal de uma genuína tradição, guardada em segredo de família, desde 1930." Palavra de Dona Ermelinda. Fresquinhos, a partir de hoje, n' A Vida Portuguesa do Porto e de Lisboa.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Uma galinha, um tesouro

Sugestão pascoalícia do dia: um livro divertido para quem gosta de ovos (mexidos, estrelados, cozidos, escalfados) e para quem nunca tinha reparado na importância de uma simples galinha. Para leitores autónomos e para os mais pequeninos.

"A galinha tem fama de ser uma ave tonta e feia. Também dizem que não voa e que não canta, que só esgravata e cacareja e faz cocó por todo o lado (e é verdade). Mas a verdade, verdadinha é contada neste livro...

A natureza criou um animal assim insuspeito – feioso, desajeitado, obediente, meio pitosga... – para dentro dele fazer transportar um dos seus maiores tesouros. Quando virem uma galinha, não se deixem enganar. Tratem-na com o respeito que ela merece."

A editora Planeta Tangerina não tem medo de fazer aquilo que gosta e isto nota-se no entusiasmo e cuidado com que cria álbuns que são tesouros de texto e ilustração. Fundada em 1999 para se especializar na comunicação para crianças e jovens, conta com um número crescente de tomos coloridos e divertidos, sobre os mais variados temas. Porque as hipóteses estão todas em aberto e as regras são só duas: "não cair em fórmulas e desafiar sempre os leitores". Que "saberão encontrar as suas próprias chaves na descoberta de um livro."

quarta-feira, 28 de março de 2012

Ovos da Páscoa

Deliciosa oferta (para o próprio ou terceiros) para comemorar os dias da Páscoa, esta caixa com meia dúzia de ovos de chocolate Avianense.

A mais antiga fábrica de chocolates de Portugal, a Avianense abriu em 1914 para se esmerar a produzir tabletes, ovos, cacau em pó, cevada, napolitanas e bombons diversos - como o "Imperador", que mais fama trouxe à casa. Passou por tempos menos doces mas voltou à actividade em anos recentes, fixando-se em Barcelos, determinada em conciliar técnicas antigas com inovações tecnológicas. Afirmando-se como "uma tradição sem imitação".

terça-feira, 27 de março de 2012

Placa de honra

Em 1880, Adriano Ramos Pinto, um artista portuense de 21 anos, decidiu fundar uma empresa de vinho do Porto. Em 1896, o irmão António, fotógrafo, junta-se ao negócio e cedo decidem apostar no mercado brasileiro para o qual, nos anos 20, exportam já metade da produção.

É certamente o espírito artístico destes irmãos que os leva a apostar numa imagem publicitária de traço ousado e invulgar qualidade, assinada por artistas portugueses e estrangeiros – hoje, um património com o qual nenhuma outra marca de Porto pode competir.

Nos 360 hectares que possui no Douro, a mais antiga região demarcada do mundo criada em 1756 pelo Marquês de Pombal, a Ramos Pinto produz as uvas dos seus próprios vinhos, assinados pelo reputado enólogo João Nicolau de Almeida: Porto Branco, Ruby e Tawny, para degustar como aperitivo ou digestivo.

Desde 1990 parte do grupo Roederer, as caves e os escritórios intactos dos anos 30 desta grande marca justificam a visita no cais de Vila Nova de Gaia que, homenageando estes artistas do vinho, se chama aliás Av. Ramos Pinto.

A placa Ramos Pinto, disponível aqui.

segunda-feira, 26 de março de 2012

"Une caverne d’Ali Baba"

O essencial do Porto, sem sobressaltos nem percas de tempo, passa pela "gruta de Ali Babá" que é A Vida Portuguesa. Palavra de Madame Figaro.

"Dans la vieille ville, la boutique A Vida Portuguesa est dédiée aux produits d’autrefois. C’est une caverne d’Ali Baba où trouver des souvenirs à la fois pittoresques et décalés. Comme ce cousin portugais de notre Miror."

sexta-feira, 23 de março de 2012

Soap opera

A revista Monocle veio conhecer os bastidores dos sabonetes portugueses afamados no mundo inteiro, que é como quem diz a fábrica onde se produzem também os exclusivos Ach. Brito / A Vida Portuguesa (uma parceria de sucesso que se estendeu à sociedade na loja do Porto):

"Ach. Brito soaps are instantly recognisable by their vintage-inspired packaging and Claus Porto label. This family-run company dates back to 1887 but still continues to innovate and appeal to new markets. (...)

"We've been through the Great Depression, World Wars, the (Carnation) Revolution with customers," says Brito, dipping his nose into a mixer to sniff the lemony notes wafting out of the machine. "It's an intimate relationship - after all, our products end up in people's bathrooms." (...)

Tradition is taken serously at the company, with several mechanical machines from the 1940s still favoured over fancy automation. "There are no computer viruses to worry about with these," explains Brito, pointing to a sorting machine with its engine hissing and thumping as it guides slender, rectangular-cut bars along at a pedestrian pace for packaging. "We aren't after 24/7 production. Most of the soaps are still wrapped one-by-one by staff. It goes from their hands to the customers' hands."

Operating in a sector dominated by multinational conglomerates, Ach. brito's vegetable-based soaps still manage to attract the eye of shoppers with its focus on traditional wrapping. Its extensive archive of labels - some 500 at last count, many with cute Art deco references - are designs that were drawn up in-house in the early years of the business. "Sometimes we reintroduce in a limited edition a certain image for a year. They become collector's items for clients," says general manger José Fernandes, who has also worked with shops to develop exclusive lines, most notably Portuguese retailer A Vida Portuguesa." Ivan Carvalho

quinta-feira, 22 de março de 2012

Da Rússia com amor

A edição russa da Elle Décoration dedicou três páginas da secção de viagens a explorar o melhor que Lisboa tem. A Vida Portuguesa incluída.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Do espólio da Oliva

Fundada em 1925 em São João da Madeira, a Oliva depressa se tornaria sinónimo de máquinas de costura em Portugal. Ainda hoje a sua herança perdura no imaginário de muitos portugueses, como o nome que vem à mente perante a imagem do espécime que todas as avós tinham em casa.

Vanguardista na gestão, a Oliva tornou-se numa das maiores empresas do país, tendo chegado a empregar cerca de três mil trabalhadores. Podia orgulhar-se ainda de investir em promoção com bom gosto, através dos anúncios, prospectos e cartazes assinados por grandes nomes do design português (como Alberto Cardoso, Fred Kradolfer, José Rocha e J. Mattos Chaves). Bem como no design industrial da Risco (empresa criada em 1974 por Daciano da Costa) e em registos fotográficos por estúdios de renome.

No cômputo geral, são documentos gráficos de extraordinário valor estético e histórico (em especial das décadas de 1940 a 1970), reunidos em livro por Paulo Marcelo, volvidos que foram anos de investigação. O subtítulo não engana, estamos em presença de autênticas e preciosas "memórias de uma marca portuguesa".

terça-feira, 20 de março de 2012

Envie de tout!

"Lisbonne déco. Réhabilitation de ses docks, ouverture des musées, de boutiques hype et de restaurants gastronomiques... Lisbonne, avide de nouveautés, bruisse d'une nouvelle effervescence culturelle et artistique. Voici 24 bonnes bonnes raisons de courir dans cette capitale très "lifestyle". (...)

Catarina Portas a remis au goût du jour des créations typiquement portugaises tombées em désuétude. Parmi elles, les couvertoures tissées de l'Alentejo, les carnets Emílio Braga, les savons Ach brito ou packaging rétro... Résultat, on a envie de tout! Rua Anchieta, 11, Chiado (213 465 073). www.avidaportuguesa.com"

segunda-feira, 19 de março de 2012

Porreiro, pai

"E era assim que as coisas aconteciam, / pois um pai com seis filhos tem, / naturalmente, que fazer pela vida." Livro infanto-juvenil de capa mole, 62 páginas e o humor de Alface (o escritor João Alfacinha da Silva, 1949-2007). Para os homens (e sua descendência) que sabem que nestas coisas (sérias) da paternidade o mais importante mesmo é manter um sorriso no rosto.

sexta-feira, 16 de março de 2012

É de homem

E chega a altura do ano em que damos cabo da cabeça à procura de mais uma forma de dizer ao nosso pai que gostamos mais dele do que de todos os outros. Porque já não temos caras para repetir o número do par de meias ou do gel de barbear. Porque queremos mimá-lo com um presente bonito mas sabemos que ele gosta de coisas úteis, que o façam sentir como um homem a sério. Como os canivetes (entre os €6,80 e os €19,20) da Ivo Cutelarias, uma combinação de estilo e utilidade que dá sempre jeito ter à mão. Porque ainda se fazem homens (e pais) como antigamente.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Lembranças de Lisboa

Tal como das outras vezes em que esteve em Lisboa, a actriz francesa Fanny Ardant passou pel' A Vida Portuguesa. E, se antes tinha levado andorinhas Bordalo Pinheiro, hoje comprou, entre outras lembranças, a belíssima placa vintage da Ramos Pinto.

quarta-feira, 14 de março de 2012

A república em saldos

A república é daquelas coisas que se celebram quando a gente quiser. Principalmente agora, que as placas de metal e os bustos de gesso estão a preços especiais de corrida. E que bonitos que ficaram neste número da Casa Cláudia!

terça-feira, 13 de março de 2012

Lojas à antiga

"Nos tempos que correm nem todos andam à procura dos mais recentes gadgets, do último grito da moda, ou mesmo de inovações de culinária. Bem pelo contrário, há uma fatia do público que procura um cheirinho a outros tempos em roupa vintage, livros antigos ou água de colónia dos cavalheiros de antigamente. E não é preciso irmos bisbilhotar os baús dos nossos avós ou passar horas na internet para encontrar pérolas: elas encontrem-se bem perto na baixa do Porto. O JUP foi visitar 3 lojas onde o tempo parece parar por um momento, para deixar o passado imiscuir-se no nosso presente.(...)

A afamada loja que começou em Lisboa abriu também portas no Porto, com vista para a Torre dos Clérigos. isto literalmente, pois a loja situa-se no segundo andar do que já foi a Fábrica e Armazém das Carmelitas, da qual resta uma porta com "Escritório" escrito numa placa e um edifício verdadeiramente magnífico, que parece intocado pelo tempo. Quando subimos as escadas é impossível deixar de admirar a arquitectura do espaço, mas é a variedade de produtos portugueses mais ou menos familiares aos nossos olhos e costumes que nos deixa incertos sobre por onde começar. A fazer jus ao nome, não poderíamos deixar de encontrar coisas que nos são tão queridas desde as sombrinhas de chocolate Regina aos lápis da Viarco, passando pelo pião de madeira ou a célebre Pasta Dentífrica Couto. Há de tudo: utensílios de cozinha, perfumaria, mercearia, papelaria... Para os estrangeiros que fazem imensas perguntas, há um livrinho à venda que explica o conceito da loja e alguns produtos mais famosos. O que esse livro não conta é que há algumas pessoas idosas que chegam a ficar comovidas. Talvez seja ao encontrarem o Restaurador Olex, de fórmula melhorada.

A Vida Portuguesa. Rua Galeria de Paris 20 - 1º

Texto de Vera Quintas JUP Março 2012

segunda-feira, 12 de março de 2012

"Na Lourinhã, o segredo do negócio da aguardente está em saber esperar"

"A Adega Cooperativa da Lourinhã e a Quinta do Rol são os únicos produtores da região demarcada de aguardente que em Março comemora 20 anos. A exportação está agora no horizonte.

Uma gestão com nervos de aço e muita paciência. Quem quiser lucros imediatos enganou-se no negócio. Para se produzir aguardente de qualidade é preciso investir todos os anos e esperar pelas primeiras receitas ao fim de dez a 15 anos. Uma aguardente OX (com mais de dez anos) é um produto valioso, "mas é preciso coragem para estar muitos anos a produzir e a não vender", explica Carlos Melo Ribeiro, proprietário da Quinta do Rol.

No seu caso, são cerca de 120 mil litros de vinho que todos os anos são destilados e transformados em 10 mil litros de aguardente que são envelhecidos em cascos de carvalho. Levou uma década a repetir todos os anos esta operação e, embora ao fim de dez anos já pudesse comercializar uma aguardente OX, preferiu esperar ainda mais cinco antes de começar a escoar - com conta peso e medida - o precioso líquido que foi ganhando valor ao longo do tempo.

A Quinta do Rol (que também produz pêra rocha e tem vários hectares plantados com pinheiros) factura cerca de 200 mil euros de aguardente da Lourinhã. Carlos Melo Ribeiro - que é também o presidente da Siemens Portugal - não refere os lucros, mas afirma que, se se meteu neste negócio, foi para ganhar dinheiro.

"Ao produzir aguardente numa região demarcada estou a valorizar activos, porque passei de uma produção indiferenciada para um produto de luxo", explica. A sua propriedade, que herdou do pai, produz a marca Quinta do Rol, que é vendida no El Corte Inglês, em garrafeiras, nalgumas feiras do Pingo Doce e escoada também directamente para restaurantes. Cada garrafa de meio litro ronda os 50 euros.

No horizonte está a duplicação da facturação, o alargamento das vendas a mais garrafeiras e até a exportação para o "mercado da saudade". Macau, Angola e Brasil estão no horizonte como os destinos mais prováveis.

Mas é também na Quinta do Rol que é produzida a aguardente da Lourinhã com mais prestígio - a Magistra, que resulta de uma parceria de Carlos Melo Ribeiro com a Herdade do Esporão, e que obteve o Prémio de Excelência 2010 da Revista de Vinhos. Um galardão ao qual se junta o da própria garrafa, inspirada nos frascos de perfume e apresentada numa caixa de madeira de linhas depuradas, que obteve também um prémio platina pelo seu design.

Demarcada desde 1992. João Pedro Catela, presidente da direcção da Adega Cooperativa da Lourinhã - que produz igualmente dez mil litros de aguardente por ano -, ostenta com orgulho as três medalhas de ouro já conquistadas.

E não se queixa das vendas. Metade da produção é escoada para as grandes superfícies, sobretudo o Continente, o Jumbo e o El Corte Inglês. O resto vai para pequenos distribuidores e garrafeiras. Mas para breve, fruto de uma negociação difícil, a aguardente da Adega Cooperativa da Lourinhã entrará no free shop dos aeroportos de Lisboa e Porto.

A região demarcada foi a oportunidade para salvar uma adega cooperativa que, como outras na região oeste, estaria condenada ao encerramento, se insistisse em continuar a só produzir vinho. De resto, há 200 anos que este era "queimado" e a aguardente vínica dele resultante vendida para os produtores de vinho do Porto no qual diluíam o precioso néctar.

Não era por acaso que os vitivinicultores da região demarcada mais antiga do mundo buscavam na Lourinhã uma tão decisiva matéria-prima. A região reúne características ímpares que desde sempre proporcionavam boas aguardentes e foi isso que levou, em 1992, à criação da região demarcada.

A Adega Cooperativa tem 200 inscritos, mas são só cerca de 20 os que contribuem com as suas uvas para fazer o vinho que dará origem à aguardente. A cooperativa paga-lhes 0,25 euros por cada quilo de uva que vai para a destilaria, enquanto, na região, a uva destinada a produzir vinho é paga a 0,15 ou 0,16 euros o quilo, explica João Pedro Catela. Uma remuneração que espelha bem o valor da aguardente, o tal produto que demora mais de uma década a ser "fabricado".

"Mas enquanto a roupa passa de moda e a comida perde a validade, este é um produto que se valoriza com o tempo", diz o dirigente associativo. Neste negócio, o segredo está na boa gestão dos stocks "e em saber quando vender para aguentar as despesas", diz João Catela.

"O problema é que, se precisamos de dinheiro para investir, os bancos não nos emprestam, mesmo sabendo que temos as vendas asseguradas. Nem as sociedades de capital de risco nem a banca nos emprestam nada, nem mesmo com penhora mercantil", lamenta-se.

E, no entanto, se é um facto que o património físico da adega cooperativa pertence ao Instituto do Vinho e da Vinha (ao Estado), pelo qual pagam uma renda, a verdade é que nos esconsos e húmidos corredores do edifício, onde coexistem teias de aranha com cascos de carvalho cheios de aguardente, está um activo que vale mais de um milhão de euros.

A cooperativa conta apenas com três empregados fixos e não tem um departamento comercial, nem recursos para investir em feiras. A exportação não é, para já, uma opção, mas João Catela diz que a designação "Lourignac", por alusão ao Cognac e ao Armagnac, pode ser uma boa ideia para os mercados externos. "[Há porém] quem critique por estarmos a afrancesar um produto nacional."

Carlos Melo Ribeiro não concorda com o termo e acha que não é por aí que o produto se afirmaria. A desproporção com os franceses é enorme: 20 mil litros de aguardente portuguesa produzida em região demarcada contra 150 milhões de litros em França.

"Os franceses nem sabiam que nós existíamos. Fui, com o nosso enólogo, Pedro Correia, visitar a região de Cognac e Armagnac e eles, ironicamente, disseram que ficavam satisfeitos por haver mais gente a aguçar o gosto dos consumidores pela aguardente, porque assim haveria mais gente a comprar-lhes. A verdade é que eles têm uma região demarcada há 200 anos e nós temos 200 anos de produção, mas só fizemos a demarcação há 20."

Público, 11 de Março 2012. Texto de Carlos Cipriano, foto de Miguel Manso.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Arte de rendas e cores

Intitula-se muito simplesmente "Joana Vasconcelos" mas traz 15 anos de trabalho condensados num tomo de 364 páginas e 200 ilustrações a cores. Um tomo que impressiona antes de mais pelo tamanho, a apresentação (do design de Ricardo Mealha à lustreza do papel), o cuidado de edição (pela Livraria Fernando Machado, fundada em 1922 no Porto). E depois - last but not least... - por ser um espantoso apanhado do trabalho impressionante (em termos de criatividade e escala) que Joana Vasconcelos tem vindo a desenvolver.

Um trabalho que se apropria de elementos do quotidiano, tradicionais ou corriqueiros, e a que dá outra forma; que retira do contexto para recuperar de forma surpreendente. Um trabalho que é enquadrado aqui pelos ensaios inéditos de Raquel Henriques da Silva (historiadora de arte) e Gilles Lipovetsky (filósofo de origem francesa) e pela transcrição de uma conversa entre a artista e Agustin Pérez Rubio (director do Museo de Arte Contemporáneo de Castilla y Léon). São €150 euros. Vão dizer que não é barato. Mas é, em si mesmo, uma obra de arte.

Já disponível na nossa loja online.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Celebrar a audácia

Para todas as raparigas de espírito independente, eis um verdadeiro guia de aventuras interdito a rapazes. Uma mini-enciclopédia sobre os mais variados temas, para as raparigas que se querem divertir e aprender ao mesmo tempo. Aquelas que vão para todo o lado...

"Numa edição de capa dura, este Livro Audacioso Para Raparigas constitui uma agradável surpresa. As autoras, Andrea Buchanan e Miriam Peskowitz, reúnem nesta obra actividades que ficaram há muito esquecidas dentro de um qualquer baú mas que ainda vão a tempo de se tornar um passatempo de sucesso entre a juventude dos nossos dias.

Com ilustrações elucidativas, dicas, conselhos e muitos truques, ficará bem claro como jogar basquetebol ou às cartas, saltar à corda, aplicar golpes de karaté, utilizar expressões francesas, fazer uma fogueira, trepar às árvores, dobrar camisolas à japonesa e, espante-se, até trocar um pneu!

Tudo isto, sem nunca recorrer à televisão, ao computador ou a qualquer jogo electrónico. Trata-se de uma obra que mostra aos jovens, mas também aos pais, como ainda é possível viver uma juventude saudável nos tempos livres. Na falta de ideias, as sugestões das autoras são inúmeras e variadas, mais que suficientes para ocupar qualquer jovem durante muitas e muitas horas…" Editora Guerra e Paz.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Da Finlândia aos nossos estendais

Sabia que um dos cadernos Serrote "viajou em 2009 até ao Polo Norte no bolso de Nikita Vasilevskiy"? Que a génese deste projecto tão português aconteceu na Finlândia? Que as suas capas continuam a ser impressas numa velhinha máquina Heidelberg? Nesta breve mas inspiradora entrevista a "O Editorial", a dupla de designers por trás da Serrote revela ainda que vai "buscar inspiração às coisas bonitas que nos rodeiam: às árvores, aos passarinhos, aos barcos no Tejo, aos sinais de trânsito, à roupa nos estendais, a viagens ao Portugal profundo”.

terça-feira, 6 de março de 2012

Ouro

"Se calhar o ouro existe por causa disso: as pessoas boas foram enterradas e transformaram-se em ouro". A grande Maria Keil, a redescobrir neste vídeo do Público. E nos livros Desvio Padrão, Os Presentes e As Três Maçãs. Todos disponíveis na nossa loja online.

segunda-feira, 5 de março de 2012

À descoberta das fábricas

Chamam-se Circuitos pelo Património Industrial e querem dar a conhecer as fábricas de São João da Madeira, seus produtos e histórias. São destinados a quem sempre sonhou explorar, por exemplo, os bastidores da Viarco. A quem quer ver a gente local a fazer pela vida, em forma de lápis, chapéus e sapatos. Porque é mesmo bom ver trabalhar.

Mais informações sobre os circuitos aqui. E, para abrir o apetite, fique com esta visita guiada às instalações da Viarco (ainda antes das recentes obras) através da lente da Catarina Portas.

quinta-feira, 1 de março de 2012

O anúncio da Primavera

As andorinhas populares voltaram a pousar nas nossas lojas, como quem anuncia dias mais quentes. Com elas chegaram também as robustas socas tradicionais, feitas em pele e madeiras - à mão, pois claro.

Também veio uma nova leva de barros e artigos de cortiça, criteriosamente escolhida nas nossas incursões recentes ao norte do país. Porque A Vida Portuguesa gosta de se vestir das cores da terra...

Chegaram ainda rãs de cerâmica, mosquiteiros, colheres de pau, salazares, doces variados, azeites... Bem como os floridos sabonetes Ach Brito Melissa e Lelite... Uma combinação de cores, cheiros e sabores que deixa adivinhar o nosso desejo de Primavera.