sexta-feira, 27 de novembro de 2009
A Vida Portuense
Faz hoje precisamente uma semana que abriu a loja do Porto. Na Rua Galeria de Paris, número 20, 1º andar. As boas vindas não podiam ter sido mais calorosas; os votos de sucesso e as demonstrações de carinho continuam a verificar-se, dia após dia.
Para nós, não se trata tanto de uma chegada como de um regresso, uma vez que grande parte dos nossos fornecedores se encontra no Porto. Foi precisamente pelo norte do país que começou a pesquisa dos produtos que hoje embelezam as nossas prateleiras.
Produtos como os chocolates da Arcádia, os lápis da Viarco, as farinhas da Zelly, os bordados de Viana do Castelo, o ouro de Travassos, a funilaria nortenha, o limpa metais Coração ou a pasta Couto. Sem esquecer os sabonetes da Ach. Brito, que é sócia da loja da Invicta. E assim, A Vida Portuguesa regressa às origens.
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Contagem decrescente
Faltam menos de 24 horas para abrirmos as portas de A Vida Portuguesa no Porto. Depois de dois anos e meio de vontade, de dois anos de procura, de três meses de negociações, quase outros dois de obras. Agora arrumamos, enceramos, ensinamos. E temos um sofá, onde hoje bate o sol, diante de uma varanda aberta sobre a Torre dos Clérigos. Haja alegria no trabalho.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Um íman para os suecos
Nem sempre se fazem anunciar mas nós acabamos por descobrir, mais cedo ou mais tarde, quando os jornalistas estrangeiros passam por cá. E agrada-nos saber que gostaram do que viram. Como estes da Suécia, da RES (especializada em viagens), que escrevem sobre o “grande regresso de Lisboa”, uma cidade com um “novo optimismo”. Andaram a passear pelo Bairro Alto, pelo Chiado e descrevem A Vida Portuguesa como um íman. A tradução é mais ou menos isto:
"Vida de todos os dias alegre e colorida. Nos últimos anos Portugal tem chamado a atenção pelas conhecidas embalagens retro que continuam a decorar todo o tipo de artigos para a casa. A Vida Portuguesa reúne todos estes produtos coloridos debaixo do mesmo tecto - sabonetes da Claus Porto, cremes da Benamor e café de A Brasileira."
Agora só têm que imaginar isto, com todos os tremas e as consoantes que eles costumam usar para falar das coisas que lhes agradam. Ou espreitar o site...
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Para os homens da nossa Vida
Maridos, namorados, pais, irmãos, tios, primos... Sem esquecer os amigos, claro. Que se querem apresentáveis ou apetecíveis. Um cabaz que é um luxo: Um Homem na Cidade, o essencial do homem garboso.
A caixa de cartão duro, inclui: um Creme de Barbear Confiança, uma pasta dentífrica Couto, um creme de mãos Alantoíne, o sal de banho Alface da Claus Porto (a marca premium da Ach. Brito), o sabonete Tamariz da Confiança (numa edição exclusiva para A Vida Portuguesa) e um frasco de Água de Colónia Lavanda da Ach. Brito.
E faz parte de uma selecção de cabazes com temas sugestivos e recheios surpreendentes. Acondicionados em palhinhas e acompanhados por um livrinho de A Vida Portuguesa (em português e inglês). Ofertas divertidas, inesperadas e sofisticadas para as ocasiões festivas, qualquer que seja a altura do ano.
Estes e outros mimos na loja online, não tarda nada.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Porque nunca é cedo demais para começar as compras de Natal...
Inspirada nos mais fervilhantes dancing clubs da Lisboa dos anos 20, a Caixa de Sabonetes Lisboa à Noite é uma edição original e estonteante de sabonetes da Ach. Brito, exclusiva para A Vida Portuguesa. Em homenagem ao Magestic (a actual Casa do Alentejo), ao Maxim (actual Palácio Foz) e ao modernista Bristol (na Rua das Portas de Santo Antão) que eram então os grandes lugares nocturnos de festa e perdição.
São 3 sabonetes de 125 gramas, com aroma de Cravo, Orquídea e Jasmim, enriquecidos com óleo de flor de onagre para uma absoluta suavidade. O sabonete Bristol contém partículas douradas, deixando a pele cintilante durante o banho. Todos foram especialmente manufacturados por uma fábrica centenária para o esplendor - o da pele também. Apresentam-se numa embalagem negra, escrita a verniz, um puro luxo.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Charme português em Nova Iorque
Sempre em busca de coisas interessantes de países interessantes, a Alisa e o Marco aterraram em Portugal e perderam-se de amores pelas nossas coisas antigas e autênticas. Calcorrearam o país, vibraram com as feiras tradicionais e escolheram objectos do quotidiano português para a sua loja Kiosk. Ou nas palavras deles: "We have a new love interest and it is called PORTUGAL. Three weeks visiting turned into six, one visit into two. Impressions all around. The collection got huge, huger and hugest. To be honest we are not quite sure what happened during the time we were away, facing the sea and sitting on the EDGE OF THE WORLD. Looking out we realized that the certain amount of isolation Portugal has always enjoyed allows it to truly be it’s own beautiful self." No regresso a Nova Iorque encheram a mala e quiseram partilhá-la, no estabelecimento e no site. A Vida Portuguesa gosta da selecção, do seu conceito de loja e deles também. Viva o comércio delicado.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
A Vida Portuguesa no Porto
Nas prateleiras com 22 metros de comprimento ainda não há sinais dos produtos tradicionais resgatados ao esquecimento colectivo. Só há pó e trabalhadores num reboliço. A partir de meados de Novembro, já não será assim: é nessa altura que Catarina Portas prevê abrir a loja A Vida Portuguesa no Porto. (...) A empresária sonhava abrir uma loja no Porto "há dois anos e meio". "Calcorreei as ruas da Baixa todas, de Santa Catarina até aqui", recorda, numa conversa no espaço onde funcionará a loja. Há pouco mais de um ano viu o edifício onde a loja vai ficar, na esquina das ruas da Galeria de Paris e das Carmelitas, com vista para a Torre dos Clérigos. "Pensei: Se eu pudesse escolher mesmo, era este", conta. O desejo acabou por concretizar-se, depois de meses de negociações.
Entrevista de Pedro Rios, jornal Público. Aqui.
Um sabonete para o Guardian
Ficámos a saber pelo último número da Fugas, que confirmava uma certeza muito nossa: "Lisboa tem graça como ninguém". Alexandra Prado Coelho falou com alguns estrangeiros (alguns de passagem, outros que não conseguiram arredar pé) sobre os encantos da capital. E levou-nos ao site do Guardian (jornal de referência na Europa como na Inglaterra) que andou recentemente, colina acima, colina abaixo, a descobrir uma cidade cada vez mais vibrante. Pelo caminho parou n'A Vida Portuguesa, para levar um "sabonete encantador antigo".
"I picked up a can of eels in hilarious packaging from a traditional tinned seafood shop called Conserveira de Lisboa (Rua dos Bacalhoeiros 34), and a lovely old-fashioned Portuguese soap from A Vida Portuguesa (Rua Anchieta 11) in the Chiado."
O artigo, assinado por Becky Barnicoat, aqui.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
O comércio
Num texto intitulado “Eremita em Paris”, Italo Calvino, que tinha nessa cidade “uma casa de campo”, ou seja, um lugar onde ficava tranquilo, longe das suas relações familiares e sociais, fala sobre o comércio. Escreveu ele: “Tomemos as lojas, que constituem o discurso mais aberto, o mais comunicativo que uma cidade pode exprimir: lemos todos uma cidade, uma rua, um bocado de passeio seguindo a fila das suas lojas. Há lojas que são como capítulos de um tratado, lojas como artigos de uma enciclopédia, lojas como páginas de jornais.”
Eu, que estou aqui a escrever num jornal, no intervalo da montagem de duas novas lojas, uma online e outra de porta para a rua, espequei a olhar para esta frase. Não é nada que não soubesse ou não sentisse, mas vê-lo assim bem (d)escrito, é interessante. Calvino exemplifica a seguir: “Em Paris, existem lojas de queijos onde estão expostos centenas de queijos todos diferentes, cada um etiquetado com o seu nome, queijos envoltos em cinza, queijos com nozes: uma espécie de museu, um Louvre dos queijos. (…) Se amanhã começar a escrever sobre queijos, posso sair à rua para consultar Paris como se fosse uma grande enciclopédia de queijos.”
Esta dimensão do comércio como conhecimento e cultura nem sempre é devidamente valorizada num plano de negócios. Mas deveria sê-lo. Basta pensar nalgumas lojas de que gostamos, lojas que se mantiveram ao longo de gerações porque para além de géneros tinham exaustividade de conhecimento – mesmo que num minúsculo território. Comércio com saber, com personalidade, com alma.
Quando hoje falamos de cidades criativas, essa maravilha que encanta presentemente tanta gente como the next big thing, não falamos de nada que seja novo. Na Revista de Comércio e Contabilidade, Fernando Pessoa, esse dedicado empregado de escritórios comerciais para além de escritor, desenvolveu este tema: “A actividade social chamada comércio, por mal vista que esteja hoje pelos teoristas de sociedades impossíveis, é contudo um dos dois característicos distintivos das sociedades chamadas civilizadas. O outro característico distintivo é o que se denomina cultura. Entre o comércio e a cultura houve sempre uma relação íntima, ainda não bem explicada mas observada por muitos. É, com efeito, notável que as sociedades que mais proeminentemente se destacaram na criação de valores culturais são as que mais proeminentemente se destacaram no exercício assíduo do comércio. Comercial, eminentemente comercial, foi Atenas. Comercial, eminentemente comercial, foi Florença.”
Nem sempre nos lembramos disto, enquanto as notas passam por cima do balcão das lojas da cidade. Mas, sim, fazer lojas pode ser muito mais do que uma actividade económica. Possui uma dimensão cultural, de investigação, classificação e divulgação; inclui uma dimensão social, de troca e valorização da comunidade; e claro, uma dimensão económica, movimentando inúmeros agentes e gerando riqueza. Executado com criatividade, tudo isto tem muito mais graça.
Publicada a 5 de Setembro de 2009
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