terça-feira, 30 de março de 2010
A Páscoa quer-se doce
N' A Vida Portuguesa, Páscoa é sinónimo de Arcádia. Um nome de fazer crescer água na boca que todos os portuenses conhecem. E muitos lisboetas também, habituados a trazê-lo de presente para a capital. Fundada em 1933 no Porto, a Arcádia é a mais célebre e antiga marca de chocolates e artesanais portugueses.
As suas drageias de licor, inteiramente bordadas e pintadas à mão, uma a uma, são absolutas maravilhas – uma verdadeira obra-prima da confeitaria portuguesa. Para A Vida Portuguesa, a Arcádia concebeu embalagens de 200gr exclusivas das suas inúmeras variedades, como os minúsculos bébés, as mais emblemáticas entre todas.
segunda-feira, 29 de março de 2010
A traçar o futuro
"Mora numa caixa de cartão feita à medida. Devidamente acondicionado, religiosamente protegido, guardado no escritório da empresa. José Miguel Araújo, gerente da Viarco, a única fábrica de lápis do país, situada em São João da Madeira, retira com todo o cuidado o reclame luminoso de um refúgio de décadas. O reclame da década de 1930. O lápis que glorifica a indústria nacional é o slogan encaixado entre os vidros emoldurados numa estrutura de madeira rectangular. A frase ganha cor quando a ficha se liga à electricidade. O nome Viarco também."
Não queremos um museu para ficarmos agarrados ao passado, mas sim para utilizá-lo em benefício do futuro, revela (José Miguel Araújo). O espólio existe, o espaço também e temos a possibilidade de mostrar um património que é de todos, que faz parte da memória colectiva. (...) Poderemos ter a maior colecção de lápis do mundo nesse museu.
E enquanto o museu não chega, a Viarco vai organizando exposições como Um Século, Dez Lápis, Cem Desenhos. Para ver em São João da Madeira, na torre da Oliva, até 17 de Abril. "Dez lápis circularam por mãos de artistas durante três anos. Paula Rego, Joana Vasconcelos, Siza Vieira, Ângelo de Sousa, Pedro Cabrita Reis, Miguel Vieira, José Emídio, Graça Morais. Noventa e quatro artistas para perto de cem desenhos numa exposição que foi inaugurada no museu da Presidência da República em Outubro do ano passado, que passou para São João da Madeira e prepara-se para circular pelo país."
"A Viarco está constantemente a inovar: a sua linha ArtGraf, com aguarela de grafite e bastão artesanal de grafite aguarelável, são inovações mundiais. Os novos produtos da Viarco estarão no MoMA, no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, a partir de Maio, inseridos numa exposição de produtos portugueses. Mas há fortes possibilidades de posteriormente integrarem a exposição permanente da loja do museu norte-americano. E já há contactos para que a nova linha da Viarco chegue ao MoMA do Japão. Recentemente, a empresa lançou para o mercado os Soft Carbon, lápis muito semelhantes aos de carvão tradicional, mas macios no contacto com o papel, envoltos numa embalagem com design vintage. E ainda há edições contadas. Viarco Silkscreen Séries, 24 lápis de cor aguareláveis, são uma produção limitada a 1500 unidades com uma embalagem em cartão serigrafado."
Foi assim que a Viarco abriu o seu baú de preciosidades à Pública que saiu ontem para as bancas mas que também se pode encontrar aqui. O relato é de Sara Dias de Oliveira, as fotografias de Paulo Pimenta. O futuro da Viarco desenha-se a lápis de cor.
quarta-feira, 24 de março de 2010
"Em Portugal fazemos coisas belíssimas"
Quatro meses depois de ter aberto a sua segunda loja A Vida Portuguesa, Catarina Portas continua a dividir os dias entre Lisboa e o Porto, onde tem cada vez mais amigos e raízes. A Caras foi conhecer o espaço na Baixa Portuense e conversou com a empresária sobre o projecto criado há cinco anos a partir de uma investigação jornalística que fez sobre produtos portugueses, aqueles que, décadas depois, ainda mantêm a embalagem original. Quem não se lembra da pasta medicinal Couto? Dos sabonetes Ach. Brito ou Confiança? Das conservas Tricana ou das farinhas Zelly? Do pião e do rapa? Das andorinhas Bordalo Pinheiro ou dos Bordados de Viana? De recordações, estes, e muitos outros produtos Made in Portugal, voltam a estar novamente disponíveis no mercado, porque, não restam dúvidas, o que é nacional é bom.
Aos 40 anos, metade dos quais dedicados ao jornalismo e à escrita, Catarina Portas diz estar plenamente realizada e feliz com o sucesso deste projecto, e promete não parar com a restauração da identidade nacional, numa época sem fronteiras e cada vez mais permeável ao que vem de fora.
Quase dois anos depois de ter aberto a primeira loja A Vida Portuguesa, em Lisboa, apostou no Porto. O que a levou a expandir o projecto e como têm sido os primeiros meses?
Em Lisboa está a correr muito bem e trazer a loja para o Porto era um projecto antigo. Gosto muito desta cidade! E, tal como esperávamos, está a correr lindamente. Temos tido a visita de muitos portuenses e estão a acontecer algumas coisas engraçadas. Já abrimos o segundo piso e fizemos o lançamento de um livro que levou à loja quatrocentas pessoas. Correu muito bem!
A escolha do espaço na Baixa, uma zona em franca reabilitação, foi intencional?
O local para a loja foi muito procurado. Digamos que este espaço foi muito desejado. Quando comecei a procurar uma loja no Porto, só fazia sentido se fosse na baixa, tal como em Lisboa. Aposto no comércio dos dentros históricos e nunca iria para um centro comercial. Procurei desde a Rua de Santa Catarina até aqui, aos Clérigos, e achei que esta era a zona ideal. Vi muitos espaços, mas sempre que olhava para este via-o como o mais desejado.
Por causa da abertura da loja, mudou-se para o Porto e morou cá dois meses. Adaptou-se bem?
Gostei muito desses dois meses. Agora venho cá duas vezes por mês para acompanhar de perto o crescimento da loja. Fiz bons amigos e continuo a ser acolhida de forma calorosa no Porto.
Já conhecia bem a cidade?
Conheci muito mal o Porto durante quase toda a minha vida, mas quando comecei a fazer pesquisa para o projecto Uma Casa Portuguesa, o Porto foi o ponto de partida, porque tinha mais lojas tradicionais que Lisboa. Ou seja, nos últimos sete anos comecei a passar mais tempo no Porto e fiquei fascinada com o que vi. É uma cidade belíssima, tem uma arquitectura maravilhosa, com pormenores decorativos deliciosos, com azulejos, granitos e cores cativantes. Gosto imenso desta cidade.
Quando se tornou empresária, pôs de parte a escrita?
Tenho vários projectos de livros para avançar já este ano, mas com as lojas sobra-me pouco tempo. Agora que já estão em funcionamento, quero alargar a nossa gama de produtos e tratar da exportação. Quero provar que temos produtos fiáveis, pela história e pela qualidade de produção, que, ainda hoje, conta com uma grande quota de manufactura, o que já é raro.
Está a ter um papel muito importante na restauração da identidade portuguesa, através da sua produção. Sente-o?
Quando comecei este projecto, era impossível encontrar uma andorinha Bordalo Pinheiro em Lisboa. E hoje em dia já se vendem em vários sítios, o que é muito bom. Os portugueses têm de ter orgulho naquilo que fazem e perceberem que a melhor qualidade de um produto não é ser estrangeiro. Em Portugal fazemos coisas belíssimas que merecem o nosso apreço.
O que é que a levou a dar início a este trabalho?
Achei que era uma tarefa quase impossível, portanto, boa para mim. (risos) Eu acreditei e consegui que as outras pessoas também acreditassem que era possível.
E estes produtos trazem-lhe memórias de infância?
Tinha muitos brinquedos de madeira. A minha mãe gostava muito de artesanato e comprava-me destes brinquedos tradicionais. Brinquei com o pião, com os ciclistas... e usei toda a vida cadernos da Emílio Braga.
Completa 20 anos de jornalismo. Com tantos projectos, como fica essa faceta da sua vida profissional?
Ficou na atitude mais do que na prática. Um dos livros que quero editar em 2010 é de investigação sobre 20 marcas, fábricas e produtos antigos portugueses. E o formato é de reportagem. Apesar de já não praticar jornalismo corrente, a atitude continua a ser a mesma, de investigação, de tratar a informação e de a passar.
Tem saudades do ritmo jornalístico?
Não. Nunca fiz um trabalho tão divertido como este. Jamais. E fiz coisas que adorei, mas nunca nada me surpreendeu e preencheu como isto que faço hoje em dia. E é uma felicidade ver este projecto desenvolver-se, porque há muitas pessoas que podem crescer com ele!
Entrevista de Joana Brandão e fotografia de Bruno Barbosa. Revista Caras, 24 de Março de 2010.
terça-feira, 23 de março de 2010
O azeite que faz a primavera
A Vida Portuguesa perde-se com andorinhas, não é segredo para ninguém. Sejam elas em cerâmica, autocolante ou azeite... E alegra-se de voltar a receber o distinto azeite Andorinha, em versão de garrafa de 750ml e lata exclusiva de 500ml, a €4 e €3.50, respectivamente. Criado a pensar nos mercados internacionais, este azeite de gosto suave e a textura delicada tem uma história com mais de 80 anos. E regressa agora às mesas portuguesas, pela mão da Sovena, que também nos dá esse clássico que é o sabão Clarim. Coincidências da vida...
sexta-feira, 19 de março de 2010
"Um impulso egoísta"
Catarina Portas, ex-jornalista e actual empresária, não quer voltar ao passado, mas viaja com frequência ao antigamente. Há cinco anos que embarca em tal aventura, recuperando o melhor do passado português. Depois, partilha-o com os visitantes dos espaços que criou, as lojas A Vida Portuguesa, em Lisboa e, recentemente também no Porto, e nos três centenários quiosques lisboetas que recuperou no Verão passado. Uma aventura que ultrapassa os seus "sonhos mais audazes". E confessa: tudo começou com um "impulso egoísta".
Catarina Portas não queria que desaparecessem alguns produtos portugueses aos quais reconhecia qualidade. "Se tinham resistido durante tantos anos não eram maus e, além disso, alguns deles tinham embalagens absolutamente deliciosas. Eu não queria que acabassem", explica. Enveredou então num verdadeiro trabalho de investigação sobre produtos "antigos, genuínos e deliciosos". A pesquisa levou-a a drogarias, fábricas e oficinas de artesãos de todo o país, na senda de objectos que "estavam no mercado há 30 ou 40 anos, com grande dose de manufactura". Hoje, as lojas de Catarina contam exclusivos de marcas históricas como as dos sabonetes Ach. Brito e Confiança, ou caixas do mítico lápis Viarco. (...)
Joana Haderer, revista Gingko, Fevereiro/Março 2010.
quinta-feira, 18 de março de 2010
Memórias dos dias
"(...) O centenário armazém do Chiado celebrava em 2006 o nascimento da primeira loja A Vida Portuguesa e, finalmente, no final de 2009 surgia a primeira loja da Invicta, em sociedade com a Ach. Brito/Claus Porto. É no primeiro andar do nº 20 da Rua Galeria de Paris, onde desde 1886 funcionava o armazém de tecidos Fernandes Mattos & Companhia, que hoje se exibem com orgulho registos da vivência do Norte, onde está sedeada grande parte das marcas apresentadas.
Percorrendo o amplo espaço, junto à Torre dos Clérigos, pressente-se o charme de outros tempos entranhado na arquitectura e no mobiliário de origem, agora repleto de ícones da memória colectiva como os chocolates da Arcádia, as farinhas da Zelly, os bordados de Viana do Castelo, o ouro de travassos, a funilaria nortenha, o limpa metais Coração, a pasta Couto e outros tantos produtos exclusivos resultantes de parcerias com os sabonetes Ach. Brito e Confiança, andorinhas Bordalo Pinheiro, lápis Viarco, cerâmicas Secla ou cadernos Serrote e Emílio Braga. Desde sempre, a memória dos dias lusos!"
Alexandra Novo, Attitude, Março/Abril 2010.
quarta-feira, 17 de março de 2010
terça-feira, 16 de março de 2010
A Cidade Triste e Alegre
"Este livro é, provavelmente, o maior tesouro que possuo. Como todos os tesouros realmente dignos desse nome, foi caçado. Ou seja, avistado e descoberto muitos anos antes, desejei-o correndo feiras e alfarrabistas pelos anos seguintes, no seu encalço. Um dia, foi-me oferecido. Nunca mais me cansei de o abrir, de o olhar, para trás e para a frente, e de o exibir como quem partilha o mais precioso dos segredos com os amigos. O livro chama-se Lisboa, Cidade Triste e Alegre e tornou-se um mito. Por todos os motivos.
Corriam os anos 50 quando dois jovens arquitectos pegaram nas suas máquinas e, durante muito tempo, fotografaram a sua cidade. Lisboa raramente foi assim vista, com tanta intimidade e humanidade, com tanta curiosidade e deslumbramento. Das 6.000 fotografias originais, Vítor Palla e Costa Martins escolheram 200 e paginaram-nas como quem monta um filme, com poesia e invenção. Primeiro editaram fascículos e depois, o conjunto desses fascículos deu um livro. Um livro que é fotográfico, gráfico e cinematográfico.
Nas muitas páginas que no final da obra, comentam cada uma das fotografias e as suas opções, os autores escreveram: “ Por esta altura já deve ter-se tornado claro que este livro não quis retratar acontecimentos espectaculares ou sensacionais — mas antes o espírito do ordinário, do quotidiano, das pessoas a serem elas próprias (e não transtornadas pelo excepcional) movendo-se dentro dum ambiente familiar, conhecido.” E isso foi feito também, referem, com “ternura, a ternura pura e simples”.
Quase 50 anos depois, essa Lisboa que era triste e alegre é uma cidade que já mal existe. Não me refiro às figuras típicas que se perderam naturalmente com a voragem da modernidade, como as varinas e os polícias sinaleiros, mas à vida. Nessa Lisboa, vivia-se na rua, e ao passar das páginas é quase possível ouvir gritos e canções, o chiar dos eléctricos e os risos dos miúdos. Lisboa era então uma cidade apropriada pelos habitantes, que se encostavam com o mesmo à vontade às suas esquinas com que hoje se sentam no sofá diante da televisão - mas agora em casas de portas bem fechadas, cada vez mais a caminho dos subúrbios e cada vez mais sózinhos. Chamava-se então simplesmente rua àquilo que hoje denominamos pomposamente espaço público, mas que se tornou muito menos das pessoas e tão mais do trânsito, da publicidade, da pressa e do estorvo.
Tenho-me lembrado muito desta Lisboa que ficou incólume guardada dentro do milagre que é este livro. Que os grandes projectos e opções são importantes, sem dúvida, mas, neste momento, urgente mesmo é que Lisboa seja olhada e tratada com a mesma ternura e inteligência que guiaram este livro: no seu quotidiano, nos seus gestos ordinários, nas pequenas e preciosas coisas que tornam os dias de quem por ela passa e vive mais felizes."
Crónica de Catarina Portas para o Público, 7 de Julho de 2007.
Mais sobre a nova edição de "Lisboa, Cidade Triste e Alegre" aqui.
Um licor divinal
Um segredo bem guardado, o Licor do Mosteiro de Singeverga é preparado por monges beneditinos, em Santo Tirso, seguindo uma fórmula antiga. A produção é, desde sempre, completamente artesanal e assente na manufactura. O licor, como convém aos melhores, baseia-se numa receita exclusiva que é "resultado de longas, pacientes e comprovadas experiências", obtido através da destilação de especiarias e plantas aromáticas, que lhe confere propriedades terapêuticas e balsâmicas. Com um sumptuoso toque de açafrão e uma garrafa igualmente deliciosa. "Como aperitivo, é delicioso fresco ou com gelo". Um segredo à espera de ser (re)descoberto.
sexta-feira, 12 de março de 2010
Seductive Lisbon
"Known for unbeatable weather and retro chic"... E pelos "tesouros retro" de A Vida Portuguesa. Diz a New York Travel.
quarta-feira, 10 de março de 2010
Es un placer perderse...
"A Vida Portuguesa es un encantador proyecto de la periodista Catarina Portas que ha rescatado los antiguos productos que marcaron la vida de los portugueses en el siglo XX.
Ella ha logrado que las pequeñas fábricas artesanas a punto de cerrar y otras que ya lo había hecho, retomen la elaboración de perfumes, telas, galletas, velas… Su tienda está en la rúa Anchieta y es un placer perderse entre sus estanterías.
Muy buena idea si se quiere comprar un regalo entrañable y bonito. Por ejemplo, una de las clásicas andorinhas de Bodalo Pinheiro, reeditada siguiendo los moldes originales del artista."
"El Chiado, un viaje al pasado por la Lisboa más vintage." Texto: Federico Ruiz de Andrés; Fotos: Ana Bustabad Alonso. EXPRESO, la actualidad en viajes y turismo.
terça-feira, 9 de março de 2010
Golden oldies
Tucked away on a side street in Lisbon's historic Chiado district, A Vida Portuguesa's shelves groan with consumer nostalgia. Housed in a former cosmetics warehouse, the store stocks locally produced ceramics, food-stuffs and toiletries once commonplace on Portuguese shelves before the multinational brands arrived and opened the domestic retail scene.
"I was doing research for a book on everyday life in 20th-century Portugal when I noticed how quickly these products were starting to disappear", says journalist-turned-shopkeeper Catarina Portas, who opened the store in 2006. You can pick up tubes of Couto toothpaste from Porto, sweet-smelling soaps in art deco packaging from Confiança or packets of Gorreana tea from the Azores. Naturally, Portas sells the national staple, cod, as well as tuna and sardines, all of which come in retro tins from local cannery Conserveira de Lisboa. Ivan Carvalho, Scanorama March 2010
A Vida Portuguesa
Rua Anchieta 11
Lisbon, Portugal
Open Mon-Sat, 10am-8pm.
www.avidaportuguesa.com
Oldies but goodies: Portas draws on customer's childhood memories of brands such as Viarco pencils.
sexta-feira, 5 de março de 2010
Tirar as sombras da sombra
As sombras tomam conta de Serralves, a partir de amanhã e até dia 13 de Junho. Com À Luz da Sombra, uma exposição que reúne antologicamente, pela primeira vez, os trabalhos de Lourdes Castro e Manuel Zimbro, companheiros de trabalho e de vida. E o programa paralelo da fundação inclui o documentário de Catarina Mourão Pelas Sombras. Para (re)descobrir as sombras que atravessam a obra fulgurante de Lourdes Castro.
Lourdes Castro nasceu no Funchal em 1930 e é uma das mais notáveis artistas portuguesas, famosa pelo modo como trabalha as sombras e as suas possibilidades de materialização. Um processo que desvendou em entrevista ao Público.
Feito na Ilha da Madeira, durante o Verão de 1972, o Grande Herbário de Sombras contém cerca de 100 espécies botânicas diferentes cujas sombras a artista fixou sobre papel heliográfico directamente ao sol. É certamente um dos mais belos e misteriosos livros jamais publicados em Portugal.
quarta-feira, 3 de março de 2010
Reavivar a memória
Não são só os estrangeiros, A Vida Portuguesa também tem muito gosto em receber os jornalistas portugueses. Como os da Casa Cláudia, que estiveram na loja do Porto. "Mesmo em frente aos Clérigos, na Casa Fernandes, Mattos & Ca., Catarina Portas aproveitou o 1º andar para comercializar, como já o faz em Lisboa, produtos que estão no coração dos portugueses (...) aqui se vendem relíquias com carimbo português e expostas numa casa também ela com história, generosa em área e rica em mobiliário, algum original, como é o caso das prateleiras de 22 metros, onde se equilibram os brinquedos da Trofa, os cadernos Emílio Braga, os bordados de Viana, a cerâmica da Secla ou as faianças Rafael Bordalo Pinheiro (...). O que espera para ir até lá reavivar a memória?"
terça-feira, 2 de março de 2010
Inovar com nostalgia
Recebemos há umas semanas dois jornalistas suecos da revista Market, especializada em comércio. Que ficaram deliciados com a combinação de inovação e nostalgia que encontraram em Lisboa. "A Vida Portuguesa. A estrela mais forte e mais brilhante do momento no comércio de Lisboa. Combina design nostálgico, uma apresentação única e uma missão forte - assegurar a sobrevivência de marcas genuínas. Rua Anchieta 11".
"A jornalista Catarina Portas fez pesquisa para um livro e deu-se conta de que algumas marcas começavam a desaparecer. E pensou: porque não reunir estes produtos em vias de extinção numa mesma loja? Actualmente, quatro anos mais tarde, A Vida Portuguesa é visita obrigatória para todos os que se interessam pela venda ao público".
Só depois descobrimos que esta não tinha sido a primeira visita da Market ao nosso espaço. Aqui. Tradução:
"O tempo não passou por aqui. Uma loja que vende produtos nostálgicos e é como uma viagem no tempo. A loja portuguesa A Vida Portuguesa tem como missão desencantar produtos nacionais que mantiveram a aparência - apesar da mudança dos hábitos com a passagem do tempo. A loja ocupa o espaço de uma antiga fábrica de sabonetes na muito em voga zona do Chiado em Lisboa.
A sua selecção reúne cerca de 1.000 produtos que conservaram as sua embalagens, são feitos à mão ou representam o artesanato tradicional português. Na prática incluem entre outros sabonetes, lápis, jóias, livros antigos, café, chá ou dentífrico. De acordo com a Springwise é impossível encontrar alguns destes produtos noutros sítios que não A Vida Portuguesa."
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