segunda-feira, 12 de abril de 2010
Páginas tantas
A TSF registou os sons de um centro de impressão digital, tipografia e offset. Não um centro qualquer mas um centro com história, que também responde pelo nome "Papelarias Emílio Braga". Falou com António Spínola, o director e herdeiro da tradição do verdadeiro caderno português, e com Ana Sofia Freitas sobre a feitura de um artigo que é mesmo muito especial.
O jornal i também espreitou recentemente o processo de produção do "rival português dos Moleskine" e descobriu que "ainda se usa cola de farinha com água. Uma das máquinas de coser é de 1914. O processo chama-se encadernação de galocha - o mesmo que muitos de nós aprenderam nas aulas de Trabalhos Manuais. Daí o nome por que os livros ficaram conhecidos, logo desde 1918, quando Emílio Braga começou a produzi-los: galocha."
Foi na Rua Nova do Almada que Emílio da Silva Braga fundou aquela que viria a ser considerada uma das melhores papelarias da cidade da época. Quase um século mais tarde, a Emílio Braga Lda, agora nas mãos da quarta geração, continua a fabricar o mais emblemático dos seus produtos: a famosa “galocha” (do francês Galuchat). Trata-se de um caderno de bolso, distinto e característico com a sua lombada e cantos reforçados em tecido colorido, de produção totalmente artesanal.
Actualmente, a Emílio Braga está empenhada em expandir o seu leque de oferta e desenvolveu para A Vida Portuguesa uma colecção de cadernos originais, numa edição especial e exclusiva. Traz as 100 folhas do costume, mas agora em versão de capa estampada, com belíssimo papel de embrulho de outras décadas. O interior é liso em todos eles, mas cada qual traz uma folha mais espessa separada, para servir de guia à transparência, seja para linhas ou quadriculado. Porque o futuro escreve-se por linhas direitas. O da Emílio Braga, pelo menos.
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1 comentário:
Apetece ter um...ou vários...espero poder visitar a loja em breve.
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