"A verdade continua a não ser o mais importante. Importante é o jogo que vai mantendo com a memória para o qual o autor convoca o leitor enquanto lhe serve um mazagran.
A bebida, uma das preferidas no Magrebe, dá o nome ao mais recente livro de José Rentes de Carvalho (Vila Nova de Gaia, 1930) publicado em Portugal, um conjunto de "recordações e outras fantasias" em formato de crónica, metade das quais epistolares, ao longo do qual o escritor expõe ideias e faz confissões, numa conversa onde quase se consegue escutar a respiração de quem as lê.
De preferência na companhia de um mazagran: "um copo grande cheio até mais de um terço com café forte, um volume igual de água gasosa, muito açúcar, uma rodela de limão", e "quando o Profeta abranda a sua vigilância junta-se-lhe um cálice de conhaque"."
Da recensão de Isabel Lucas no ípsilon de sexta-feira passada. A crítica literária estará no Quiosque de Refresco do Príncipe Real, com o colega João Bonifácio, para apresentar o último livro de José Rentes de Carvalho. No sábado, às 16h00.
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