sexta-feira, 30 de agosto de 2013
Experiências do Lugar
Sabia que a primeira sala de cinema a abrir em Lisboa ficava no Intendente? Era o Real Colyseu, na Rua da Palma, na esquina que acolhe agora a garagem Lis. O primeiro sítio onde se abriu a boca de espanto a ver as fitas de imagens em movimento. A moda pegou, as salas multiplicaram-se e é verdade que a relação dos lisboetas com elas nem sempre foi pacífica. Tristemente, muitas desapareceram entretanto, e muitas outras se encontram em risco. Mas saúdam-se iniciativas como as Fitas na Rua, que ajudam a alimentar o bichinho do cinema e a criar novos públicos para filmes de sempre. E que inspiraram um dia de "Experiência do Lugar" como seria o Intendente de 1941.
A propósito da projecção do filme "Hellzapoppin", uma das Fitas na Rua deste querido mês de Agosto, o Largo Residências pôs-se a organizar um dia temático de regresso aos anos 40. São as "Experiências do Lugar" com sítio e hora marcada. Amanhã, sábado, 31 de Agosto, a partir das 16h00 e até às 02h00 há de tudo para toda a gente. Expõem-se antiguidades numa "Sala de Estar... na Rua", organiza-se uma "Sessão de Penteados Vintage" e até mesmo uma "Aula de Lindy Hop". Há cerâmica, tricotados e fotografia.
O Intendente está mesmo a pulsar de vida.
E o programa está todo aqui.
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
Um verdadeiro mimo
"Um
elogio aos nossos produtos e cultura", resume a repórter Vânia Rodrigues, a quem uma
jovem explica que A Vida Portuguesa lhe dá oportunidade de descobrir
coisas produzidas no seu país e ver as que já conhecia "noutra
perspectiva". "A loja é fantástica, pelo
menos em Lisboa e no Chiado é o melhor que há", adianta um cliente, que
tem que passar pelo menos uma vez por mês para ver as novidades. Um
"verdadeiro mimo" diz o Young Channel d' A Vida Portuguesa. E quem somos
nós para discordar?
"Aqui fica o convite para virem conhecer as cores, os cheiros e sabores d' A Vida Portuguesa." No Young Channel.
"Aqui fica o convite para virem conhecer as cores, os cheiros e sabores d' A Vida Portuguesa." No Young Channel.
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Eléctrico 28
Há quem goste de ver passar os comboios, outros pelam-se pela chegada e partida de aviões; nós sempre tivémos um fraquinho pelos charmosos transportes amarelos movidos a electricidade que continuam a passar, Chiado acima, Chiado abaixo. Lá dentro, nacionais ou estrangeiros, miúdos de mochila às costas ou turistas de máquina fotográfica ao pescoço.
É o número que todos decoram à chegada a Lisboa, o 28 a unir colinas, que leva da Graça quem vai em busca dos Prazeres. E que agora se apresenta também em puzzle para a família inteira. Para diversão dos mais novos sem preocupações de estacionamentos indevidos nem enchentes de hora de ponta.
Upon arrival to Lisbon, any local will tell you that one of the best ways to see the city is stepping inside one of these charming yellow trams. Providing the journey from "Graça" (grace) to "Prazeres" (pleasures), they bring together two of the seven different hills that the Portuguese capital is famous for.
These trams moved by electricity (and therefore called "Eléctricos") have been gracing the streets of Lisbon ever since 1901, are now also available as a 3D wooden puzzle, and make for a wonderful souvenir to bring back home.
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
"A montra de Lisboa"
"(...) nem tudo são maravilhas, contrapõe Catarina Portas, 44 anos, a cara de A Vida Portuguesa, loja que nasceu de uma investigação da ex-jornalista e na qual deu nova vida a produtos nacionais que conhecemos há décadas. "Está a decorrer um segundo incêndio silencioso", insiste a agora empresária, desde que se instalou numa transversal à Rua Garrett, em 2007. "Há coisas a fechar de um dia para o outro e marcas a instalarem-se sem qualquer controlo, e é isso que pode fazer a diferença entre um centro comercial e um centro histórico", justifica, numa alusão à riqueza arquitetónica do local, que nem sempre foi mantida.
"As pessoas viajam para ver coisas diferentes, não para encontrar mais do mesmo. Ao menos, que se mantenha o ramo de comércio...", considera, referindo, como caso exemplar, a marca de luxo catalã Tous e a sensibilidade que mostrou na recuperação do espaço da Ourivesaria Aliança. "Olhe, veja a Luvaria Ulisses. Se algum dia passar dificuldades, aquilo faz tanto pela vida da cidade que o turismo devia comprá-la e alugá-la a preços bonificados!" - a câmara de Paris fê-lo, recorda, com algumas lojas do Quartier Latin, bairro com maior diversidade de livrarias do mundo.
A Vida Portuguesa: instalada numa transversal da Rua Garrett, a agora empresária Catarina Portas insiste que o que é nacional é bom - e as pessoas viajam para ver coisas diferentes."
Texto de Teresa Campos
Revista VISÃO | 22 de Agosto 2013
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
"O boom da nostalgia"
A Vida Portuguesa na reportagem de Salomé Pinto "o antigo está na moda e veio para ficar". Porque "o boom da nostalgia" também se faz de coisas doces. A reportagem de Salomé Pinto passou pelas sombrinhas de chocolate Regina.
terça-feira, 20 de agosto de 2013
Com o Público nos bastidores da Viarco
"É a última visita deste Agosto. Teresa Cardoso, educadora de infância de Gondomar, sai da fábrica da Viarco, em São João da Madeira. E sai satisfeita. "Muito surpreendida, não fazia a mínima ideia de como se faziam os lápis. Acompanhámos o processo nesta fábrica-museu." Ficou a pensar nas palavras que ouviu ao gerente da única fábrica que produz lápis no país. "Lembrou-nos que por detrás de um produto estão funcionários com nomes, sublinhou o valor do trabalho, e mostrou-nos como visitar a Viarco é regressar à nossa infância." Quem é que nunca teve um lápis feito aqui?" Sara Dias Oliveira, Público. Foto © Adriano Miranda.
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
Brindemos
Em dia de feriado nacional,
é comemorar a abrir o Licor de Portugal.
Em finais do séc. XIX um caixeiro viajante de vinhos do Porto, passando pela Lousã, apaixonou-se pela filha de um farmacêutico. Ora, naquela farmácia preparava-se um licor que o rapaz viu como negócio autónomo, apostando na bebida que em 1929 foi baptizada como Licor Beirão. Em 1940, o negócio foi comprado por José Carranca Redondo que, investindo o que tinha e não tinha nesta bebida, revelou a sua audácia apostando desde a década de 50 na publicidade ao longo das estradas do país e depois na televisão com estrelas como Tony de Matos. Assim se tornou tão popular que não há hoje quem lhe consteste a apresentação como “o licor de Portugal”.
Preparado a partir de uma maceração e dupla distilação de sementes e plantas aromáticas, este doce licor com uma graduação alcóolica de 22 graus serve-se como digestivo, simples ou com gelo, mas também como aperitivo, com sumo de limão e/ou gin. Sempre na sua garrafa inconfundível, com a fita colocada ainda manualmente.
é comemorar a abrir o Licor de Portugal.
Em finais do séc. XIX um caixeiro viajante de vinhos do Porto, passando pela Lousã, apaixonou-se pela filha de um farmacêutico. Ora, naquela farmácia preparava-se um licor que o rapaz viu como negócio autónomo, apostando na bebida que em 1929 foi baptizada como Licor Beirão. Em 1940, o negócio foi comprado por José Carranca Redondo que, investindo o que tinha e não tinha nesta bebida, revelou a sua audácia apostando desde a década de 50 na publicidade ao longo das estradas do país e depois na televisão com estrelas como Tony de Matos. Assim se tornou tão popular que não há hoje quem lhe consteste a apresentação como “o licor de Portugal”.
Preparado a partir de uma maceração e dupla distilação de sementes e plantas aromáticas, este doce licor com uma graduação alcóolica de 22 graus serve-se como digestivo, simples ou com gelo, mas também como aperitivo, com sumo de limão e/ou gin. Sempre na sua garrafa inconfundível, com a fita colocada ainda manualmente.
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
Coup de rétro
"A Vida Portuguesa. Rasgo de nostalgia. Se houvesse apenas um endereço a reter, seria este: o templo dos produtos tipicamente portugueses. Bons e belíssimos, nas suas embalagens retro irresistíveis.
A Vida Portuguesa. Coup de rétro. S'il n'y avait qu'une seule adresse à retenir, ce serait celle-ci: le temple des produits typiquement portugais. Bons et ultrabeaux avec leur packaging rétro irrésistible.
A Vida Portuguesa. Retrolook. If there were only one address to remember, this would be it: a treasure trove of typical Portuguese products. Delicious and ultra-lovely to behold with the irresistible retro packaging.
Rua Galeria de Paris 20. Tél. +351 222 022 105
www.avidaportuguesa.com "
ELLE DECO LAB
A Vida Portuense
Em Novembro 2009, inaugurámos a segunda loja A VIDA PORTUGUESA na zona dos Clérigos, na Baixa do porto. Vizinha da famosa Livraria Lello, situa-se no primeiro andar do edifício da centenária loja Fernandes Mattos, que continua a ocupar o piso térreo. Subindo a elegante escadaria interior, descobre-se A VIDA PORTUGUESA, que recuperou este espaço raro e extraordinário de mais de 300m2, imensas janelas e, claro, incluindo todos os móveis de origem. Aqui, encontram-se todas as secções, marcas e produtos antigos presentes na loja lisboeta, o melhor da produção portuguesa. Mais um sofá para contemplar a Torre dos Clérigos. Fruto de uma parceria com a Ach. Brito, A VIDA PORTUGUESA no Porto foi a primeira loja portuguesa a constar do Retail Directory da revista Wallpaper, em 2010.
A Vida Portuguesa
Loja Clérigos, Porto
Rua Galeria de Paris 20, primeiro andar
terça-feira, 13 de agosto de 2013
Vamos a banhos
Sabonete Ondina perfumado como a brisa marítima, com notas de bergamota e maçã e o toque do sândalo e do vetiver. Embalado manualmente com acabamento de lacre, em rótulos seleccionados do arquivo centenário da Ach. Brito.
Incluindo manteiga de carité natural, os sabonetes Claus Porto hidratam, protegem, suavizam e rejuvenescem a pele. São moídos sete vezes, o que lhes confere uma consistência e espuma cremosas, além de impedir que se partam ou abram fissuras com facilidade.
Claus Porto é a marca premium da Ach. Brito, a mais antiga fábrica de sabonetes e perfumes portuguesa, fundada em 1887. Uma assinatura que é hoje sinónimo de luxo em sabonetes em todo o mundo, pela sua beleza e pela sua qualidade.
Deve-se a dois alemães a fundação, em 1887 no Porto, da primeira fábrica nacional de sabonetes e perfumes que, após a primeira guerra mundial, passaria para as mãos portuguesas do colaborador Achilles Alves de Brito. Hoje, renovada mas sempre preservando a excelência da sua qualidade, a empresa é responsável pelas marcas Ach. Brito e Claus Porto, esta última uma assinatura sinónimo de luxo em sabonetes em todo o mundo. Recuperando as suas embalagens históricas, usando apenas ingredientes naturais, estes sabonetes são ainda manufacturados: o segredo da sua qualidade deve-se ao processo de mistura repetido sete vezes e à secagem natural que lhe asseguram a fragrância e a consistência até ao fim. Não esquecendo a fresquíssima colónia Lavanda que, ao longo das décadas, vem perfumando os portugueses.
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
Cross innovation interviews...
"INTERVIEW WITH CATARINA PORTAS - THE WOMAN BEHIND INNOVATIVE RETRO PROJECT A VIDA PORTUGUESA
In 2007 former journalist Catarina Portas opened a shop in Lisbon that focused solely on traditional, Portuguese brands. A Vida Portuguesa was born.
In her enterprise, Portas highlights the quality of locally manufactured products. She believes that it these traditional, local products reveal the story of a people’s identity. Besides bringing Portuguese manufacturing back on the popular market, Portas also cooperates with the manufactures to produce new and exclusive products for A Vida Portuguesa. For example, with traditional Portuguese pencil manufactures Viarco, she has developed a special range of pencils (...).
A Vida Portuguesa was named in 2010 as one of the most original shops in Lisbon by Time Out Magazine, and since Portas has opened a second store (in Porto). She explains the popularity of her shops by stating that these products ‘evoke the everyday life of another time and reveal the soul of a country’.
How did you get the idea for this project?
In 2004 I started thinking about writing a book about everyday life in Portugal during the twentieth century. While doing research for this book the thought occurred to me that it would make sense to tell this story through Portuguese products. Twelve years earlier, I had done research on traditional Portuguese manufacturing for an article for ‘Marie Claire’ magazine. I now noticed that many of these products that I had found and photographed then were by now disappearing from the markets. In most cases, that was such a shame. These products were interesting and well designed, and I thought that the modern market would appreciate this type of product design history.
How did you start up your project?
A week later I was talking in the factories to meet the people who made these products, to witness the production process and to understand their background story.
How was this project funded?
I never went to a bank for funding, nor have I ever asked for subsidies from the government. I just never needed it. But I do think that the government has an obligation to do projects such as mine. I am preserving this country’s history, its identity. More so, we are talking here about preserving companies that are all still viable.
Have you saved any products from disappearing?
Most of these products were produced by Portuguese grocery stores and pharmacies, but there are increasingly less of them. These small enterprises only produce on a small scale. And large modern supermarkets rarely sell these old products. The large retailers are killing home production in Portugal. In this sense, my project puts a spotlight on the old Portuguese products that still exist.
Who are your customers?
I have a very mixed clientele. The customers in my shops are wealthy, poor, old, young, Portuguese or foreign… I have students from the College of Fine Arts who come to buy ArtGraf, a watercolor graphite Viarco product, but also wealthy people that buy big Bordallo Pinheiro ceramics, or elderly ladies who can no longer find their perfume brands in the modern drugstores on the street.
Has tradition become fashionable?
People are becoming more aware of old, traditional products. All over the country retro shops appear that are selling the old brands. This is good, as my initial purpose was that these brands would reach a wider market, which would guarantee the manufactures’ continuity.
What are your plans for the future?
Maybe I will open more shops in Portugal. (...) Let’s see what the future brings. But I will always be working with the concept of old brands."
Cross Innovation
Fotografia © Pedro Guimarães.
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
Porquê Lisboa
"Todas as grandes cidades têm o seu ritmo próprio, alguns mais fáceis para a adaptação do visitante do que outros. Lisboa é maravilhosamente relaxada, a tocar o lânguido; e depressa nos apercebemos que se pode desacelerar, observar em redor, ir com calma - e que aqui há imenso tempo para outra chávena de café revigorante ou um copo de cerveja refrescante.
A Vida Portuguesa. Esta loja cativante reúne produtos amados e esquecidos feitos em Portugal durante os últimos cerca de cem anos, com ênfase em produtos de beleza e para a casa, brinquedos e artigos de papelaria, livros e jóias, comida e bebida, o leque é vasto e abrangente, tendo em comum a localização da manufactura e o faro de quem selecciona. O edifício em si também é notável; um armazém antigo e fábrica de perfumes, mantiveram-se os armários de madeira antigos, enfeitados pelos antigos frascos de pó-de-arroz."
Lisbon Here's Why. A Guida to the Usual and the Unusual.
Herb Lester Associates
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
Nos bastidores da Ach Brito
A visita à fábrica da Ach Brito é uma daquelas experiências que toda a gente devia ter pelo menos uma vez na vida. Mas enquanto a oportunidade não chega, já é um regalo ver as fotos tiradas para o blogue Pretty Exquisite às instalações do museu da loja. O passado cheira a sabonete e o futuro também.
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
Gourmet, José Gourmet
A ideia, desde a génese, era "reinventar a tradição e trazer novos hábitos a velhas ideias, com base na produção artesanal, no comércio justo, no crescimento sustentado." E daqui para a frente se haveria de criar azeite (das antigas árvores de Portugal), aguardente (da Lourinhã, onde mais?), conservas (com embalagens ilustradas e rimas igualmente coloridas), compotas ("com alto teor de ternura") e até sabonetes (porque alguém tinha que se lembrar de misturar jasmim com leite de ovelha).
E o caminho também haveria de passar pelas prateleiras das lojas além-fronteiras e pelas páginas das publicações "trendy" internacionais, com direito a análises, teses e tratados sobre "food packaging". Mas antes de tudo isso, na génese, a marca, para o ser, precisava de um nome, que fosse definitivamente português. Que se queria forte, sonante e abrangente. Como o de Saramago ou o de Mourinho. José seria, então. E de sobrenome, Gourmet.
À venda nas lojas A Vida Portuguesa de Lisboa (Rua Anchieta 11), Porto (Rua Galeria de Paris 20, primeiro andar) e online.
Subscrever:
Mensagens (Atom)