O que têm em comum Rui Reininho, Pedro Ayres de Magalhães e Zé Pedro? Três figuras com uma marca musical forte que, em estilos musicais diferentes, souberam alimentar os sonhos de gerações recentes de portugueses.
E vão estar este domingo n' A Vida Portuguesa do Intendente a debater os anos de modernidade e mocidade do princípio dos anos 80, que Miguel Esteves Cardoso verteu para livro em ESCRÍTICA POP.
Da sinopse: No início dos anos 80, Miguel Esteves Cardoso escrevia sobre música nas páginas de "O Jornal", "Se7e", e na "Música & Som". Nesse período, dividia-se entre Lisboa e Manchester, o que lhe permitiu estar a par das novas tendências musicais que aí iam surgindo: Joy Division, Durutti Column, entre outros. Logo se destacou por uma escrita inteligente, perspicaz e, sobretudo, com grande sentido de humor, tendo tido muitos seguidores na área da crítica musical. Esses textos foram compilados e editados pela Querco em 1982, tendo rapidamente esgotado. Foi o primeiro livro de Miguel Esteves Cardoso. Com o passar dos anos e a crescente popularidade do seu autor, tornou-se uma obra de culto, com procura incessante da parte dos leitores. Aqui está, de novo, em reedição.
Nessa altura Fernando Assis Pacheco escreveu: "Há em Miguel Esteves Cardoso dois Miguéis Esteves Cardoso, o paciente recenseador de músicas que aqui se lê e o outro, o ficcionista, ainda sem estórias publicadas e não sei sequer se escritas. Mas que essoutro existe, aposto dobrado contra singelo: muitas das prosas críticas deste livro são já plots, fábulas, ficções, tudo servido por um uso pessoalíssimo da língua, não transmissível a epígonos.
Sobre músicas (e músicos) pode escrever-se de muitas formas. Nos melhores momentos de humor a técnica de Miguel Esteves Cardoso consiste em agarrar um rocker pelo pescoço, dar-lhe duas voltas no ar e batê-lo de encontro à rocha do estilo, como se fosse um polvo da beira-mar. Dessa crueldade pescadora salvam-se as paixões, bem entendido, e algum mito sobrenadando na babugem dos dias, mas que há-de ter cuidado porque da próxima leva na mona.
Do talento não falo: parece-me evidente, com o único senão de fazer uma legião de invejosos. Os dois - ou três, ou quatro - Miguéis Esteves Cardoso andariam avisados se tentassem, por uns tempos, o epigrama. Ou, mais modesta ainda, a interjeição."
Era o início dos anos 80. Uma banda de cinco rapazes não tinha pruridos em cantar a saudade, o fado, o amor e a paixão, em ser português numa altura em que o que estava na moda era estrangeiro. Chamavam-se Heróis do Mar e o facto de não quererem ser modernos só os tornava mais modernos ainda. Um desses cinco, que depois criaria também os Madredeus (esse sinónimo de Portugal à escala mundial), Pedro Ayres Magalhães, junta-se a Rui Reininho e Zé Pedro este domingo. O tema é a época da ESCRÍTICA POP do MEC.
Para nós, o Rui Reininho é como um membro da equipa. Porque viu esta casa nascer e crescer, comemorou um mítico Santo António connosco e nunca nos perdeu o rasto. Nem nós o dele. Este domingo vem ao Intendente para uma conversa com Pedro Ayres Magalhães e Zé Pedro a propósito da música, modernidade & mocidade em 1980-82. A propósito da celebração a Miguel Esteves Cardoso em que estamos a tornar este mês de Maio e da sua ESCRÍTICA POP.
Este domingo, o Zé Pedro dos Xutos vem à nossa alegre casinha para uma conversa com Rui Reininho e Pedro Ayres Magalhães. Sobre a música portuguesa dos fulgurantes anos 80, a propósito do nosso mês de celebração MEC e da sua ESCRÍTICA POP. Absolutamente imperdível!
Por ocasião da apresentação do novo livro de Miguel Esteves Cardoso, A Vida Portuguesa celebra a obra de um escritor que nos vem inspirando a todos.
Maio é mês de MEC n' A Vida Portuguesa
Sempre na Loja do Intendente
Largo do Intendente Pina Manique, 23
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