terça-feira, 8 de julho de 2014

O Intendente na Ponta dos Dedos


Sancha Trindade: Para confirmar que os actos de loucura e ousadia valem bem a pena na nossa cidade, (...) uma loja intemporal que é um testemunho vivo ao que de melhor se faz no nosso país. O palco maior de Catarina Portas sugerido pela revista Monocle.

Catarina Portas: Não acho que seja o meu palco mas antes de uma produção portuguesa de grande qualidade, sobretudo na área de casa. São coisas que nós fazemos muito bem como o têxtil, a cerâmica, a porcelana, a cutelaria, por aí fora. E são coisas que nós agora temos possibilidade de ter nesta loja, nas outras já não tinhamos espaço para elas. Mas agora estão aqui, e sim, têm esse palco muito maior.

ST: Com 500m2 a nova loja é um acto de irreverência.

CP: Eu acho que houve alguma dose de loucura nisto, por causa do contexto, da época e, se calhar, por causa também, por enquanto, do bairro em que estamos, que não é um sítio onde as pessoas venham às compras naturalmente. Está um bocadinho fora do circuito, mas também se não fosse fazermos as coisas, de vez em quando, com alguma dose de loucura, a vida também não tinha graça absolutamente nenhuma.

ST: Depois do Chiado e do Porto, nesta loja, há mais espaço para as marcas nacionais que confortam as casa portuguesas.

CP: Sendo que há muito mais espaço nesta loja, há muitos mais produtos e mais áreas também. A ideia desta loja é um prolongamento das outras, as outras tinham pequenos objectos, esta já é uma loja que abarca mais a área de casa. Portanto, nós continuamos a vender sabonetes mas agora também vendemos banheiras, continuamos a vender marmitas mas agora também vendemos fogões a lenha, por exemplo. Antes vendiamos pequenos saquinhos de alfazema, agora vendemos lençóis e por aí fora. Temos mais coisas e todas elas, eu acho, do melhor que Portugal faz.
Dalguma forma isto estava não planeado mas sonhado - são coisas diferentes. Eu queria muito evoluir, tendo feito o primeiro trabalho das lojas d' A Vida Portuguesa, queria aumentar as marcas que vendemos, os produtos, porque fui descobrindo coisas que eu gostava de vender. Infelizmente não tinha era espaço. Portanto, na minha cabeça sempre esteve este aumento de produtos, de loja. E por outro lado, um espaço destes, quando aqui entrei para mim era absolutamente óbvio, disse: "eu tenho que fazer aqui a loja mais bonita da cidade".

ST: A Vida Portuguesa será sempre uma morada de passagem obrigatória na cidade de Lisboa.


A Cidade na Ponta dos Dedos 
Para ver, o vídeo, aqui.

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