quinta-feira, 17 de julho de 2014

Um livro que é um património

A história da Ramos Pinto, contada ao pormenor e belissimamente ilustrada neste tomo de 336 páginas (e cinco quadrípticos de oito páginas cada) e 2.700 gramas. Uma edição luxuosa que faz um vistaço numa mesa de café e conta às gerações futuras um capítulo importante da tradição vinícola portuguesa. Custa 70 euros e oferece uma garrafa de 50cl de Adriano reserva. Um livro que é todo um património.


Em 1880, Adriano Ramos Pinto, um artista portuense de 21 anos, decidiu fundar uma empresa de vinho do Porto. Em 1896, o irmão António, fotógrafo, junta-se ao negócio e cedo decidem apostar no mercado brasileiro para o qual, nos anos 20, exportam já metade da produção. É certamente o espírito artístico destes irmãos que os leva a apostar numa imagem publicitária de traço ousado e invulgar qualidade, assinada por artistas portugueses e estrangeiros – hoje, um património com o qual nenhuma outra marca de Porto pode competir.

Nos 360 hectares que possui no Douro, a mais antiga região demarcada do mundo criada em 1756 pelo Marquês de Pombal, a Ramos Pinto produz as uvas dos seus próprios vinhos, assinados pelo reputado enólogo João Nicolau de Almeida: Porto Branco, Ruby e Tawny, para degustar como aperitivo ou digestivo. Desde 1990 parte do grupo Roederer, as caves e os escritórios intactos dos anos 30 desta grande marca justificam a visita no cais de Vila Nova de Gaia que, homenageando estes artistas do vinho, se chama aliás Av. Ramos Pinto.

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