terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Salmoura nas veias
A ver, esta reportagem da RTP com "salmoura a correr nas veias". Para descobrir o processo artesanal de feitura do Sal Marim, o charme da Companhia das Culturas e a beleza única de Castro Marim.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
"Una de las mejores tiendas de toda la península ibérica"
A Condé Nast Traveler espanhola veio descobrir os nove sítios que arrasam em Lisboa. E rendeu-se tanto aos encantos do novo Cais do Sodré como do charme antigo d' A Vida Portuguesa.
"Lo viejo siempre deja paso a lo nuevo, es ley de vida. En Lisboa se han tomado esta máxima con tranquilidad y han decidido inspirarse en lo viejo para crear lo nuevo. Sus nuevas corrientes culturales habitan en preciosos edificios históricos, que albergan restaurantes de nuevo cuño con esencia tradicional, tiendas que tiran de los clásicos para innovar y locales nocturnos que recuperan la noche canalla de la ciudad. Una revolución del diseño que bebe del pasado para triunfar en el futuro. (...)
A Vida Portuguesa desde Sempre - los objetos que forman parte de nuestra vida. “Los objetos son capaces de contar historias extraordinarias y reveladoras sobre un pueblo y sus gentes”. Esto es lo que cree Catarina Portas, fundadora de A vida Portuguesa desde Sempre, un espacio en el que 'reviven' productos y marcas que han formado parte de la historia Lusa: Los aceites Triunfo, Saloio y Santa María, que se venden en las latas de toda la vida, desde 1878, la mítica pasta dentífrica Couto, la crema de manos Benámor, y un largo etcétera.
Desde hace unos años el equipo de Catarina recorre Portugal de Norte a Sur para encontrar aquellos artículos de creación y producción portuguesa que han formado parte del devenir de generaciones y que 'han tocado el corazón' de los portugueses.
La tienda se encuentra ubicada en un precioso edificio del siglo XVIII en la zona de Chiado y es una visita obligada para conocer algo más del alma de Portugal. No en vano es citada por la prestigiosa Time Out como una de las mejores tiendas de toda la península Ibérica. Buenas noticias, sin duda, para los que estamos hartos de tanta globalización. Rua Anchieta 11, 1200-023 Lisboa". O texto é de Ana Díaz-Cano. A Fugas e a Visão também noticiaram.
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
"Hard to resist"
A Gwyneth Paltrow pode nunca se ter deslocado a Lisboa mas já começou a informar-se sobre os poisos que vale mesmo a pena visitar. Socorreu-se da experiência de Randy Poster (responsável pela supervisão musical do filme Os Tenenbaums, em que a actriz desempenhou um dos papéis principais), que lhe recomendou entre outros, o marisco, os pastéis de Belém, o Lux, o Festival de Cinema do Estoril e, claro... A Vida Portuguesa. Pela parte que nos toca, és sempre bem-vinda, Gwyneth!
"Esta loja vende sobretudo produtos portugueses clássicos - dos utensílios de cozinha aos artigos de perfumaria, passando por outros de limpeza e cera para o soalho (em embalagens coloridas, com grafismo vintage, claro). É o sítio perfeito para encontrar presentes e lembranças; é difícil resistir às caixas e cabazes (com selecções variadas de produtos kitsch deliciosos)."
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Coimbra(s)
Uma das novidades musicais com que passamos a poder contar é o CD "Coimbra, April in Portugal, Avril au Portugal", em que o tema é interpretado ainda por Amália Rodrigues, Louis Armstrong, Bert Kaempfert, Bing Crosby, Caetano Veloso, entre outros. Diferentes roupagens musicais, sempre Abril.
"É já o melhor e mais divertido disco do ano", explica Catarina Portas. "A segunda canção em português a coleccionar mais versões pelo mundo fora é Coimbra, mais conhecida internacionalmente como Avril au Portugal ou April in Portugal ( e a primeira é a Garota de Ipanema). Aqui encontra-se 24 a mesma música, em versões totalmente díspares, de Liberace a Caetano Veloso, passando pelo Rei do Mambo ou Xavier Cugat. Com um livrinho admirável, com toda a história. Recomendo!"
Aqui fica a tocante interpretação do clássico em francês, por Eartha Kitt.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Uma loja preciosa
Ainda não estávamos refeitos da notícia segundo a qual a Livraria Portugal se prepara para fechar as portas quando nos atiram com o facto de a Ourivesaria Aliança seguir o mesmo destino. A primeira há 70 anos na Rua do Carmo, a segunda há mais de cem na Rua Garrett, ambas faziam muito pela graça única de Lisboa e traziam um charme de outros tempos a este Chiado a que queremos bem.
A Ourivesaria Aliança foi inaugurada em 1909, enquanto filial da casa do Porto com o mesmo nome, de acordo com o livro "Lisboa As Lojas de um Tempo ao Outro" de Jorge Ribeiro e Júlio Conrado, Editorial Notícias. "Florescente na época áurea do Estado Novo, teve papel preponderante no equipamento da Basílica de Fátima, para a qual forneceu o frontal em prata e a banqueta em prata cinzelada destinados ao altar-mor e o sacrário, considerado um trabalho primoroso de cinzel e arquitectura." E foi uma das grandes oficinas de ourivesaria da Península Ibérica, tendo coleccionado prémios.
Mesmo sem a pujança de outros tempos, actualmente o negócio mantinha-se estável e a loja continuava a atrair, pelo interior sumptuoso feito de detalhes impressionantes e mobiliário antigo, a curiosidade dos passantes, fossem eles turistas estrangeiros ou nacionais. Mas as obras que esperam o edifício e as rendas exorbitantes que se praticam hoje em dia no Chiado vieram ditar o encerramento do espaço, explicou na edição de ontem do jornal Público a sócia gerente da loja.
"Os novos proprietários, uma empresa espanhola que comprou todo o edifício para ali instalar um negócio de aluguer de apartamentos de curta duração, garante que não vai adulterar os faustosos interiores do estabelecimento, mas a sócia-gerente da casa está apreensiva com o seu futuro. "Já andei de departamento camarário em departamento camarário, a avisá-los para estarem alerta quando eu sair e as obras de reconversão do prédio começarem (...) Não quero que aconteça o mesmo que na antiga Casa Ramiro Leão", também no Chiado, onde a chegada da Benetton ditou uma descaracterização quase total dos interiores do edifício, dos quais praticamente só resta um antigo elevador."
Como sugere a jornalista Ana Henriques, "quem nunca lá entrou, tem três semanas para o fazer."
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Sardinhas no Chiado
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Haja alegria...
A Casal Garcia vem alegrando os espíritos desde 1939, ano de uma vindima particularmente feliz, que inspirou um famoso enólogo francês (Eugène Hélisse) durante a sua passagem pelo Douro. Quando se abriu a primeira garrafa, para desfrutar da frescura e reparar na transparência, passou-se um lenço de renda para lhe retirar o pó. E essa renda, da família Guedes, haveria de permanecer até hoje como a imagem do rótulo, e a imagem de marca, utilizada até num selo postal no Japão. O vinho português mais vendido no mundo, presente em 60 países, também está n' A Vida Portuguesa nas variedades verde, rosé e caixa vintage. "Haja alegria, haja Casal Garcia".
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
"Powerful iconic appeal"
"When it was established in 2006 by a Portuguese journalist (Catherina Portes), local residents wondered if this place was a shop or a testimonial to old-fashioned Portugal as it's remembered by anyone born during the baby boom of the 1950s. It occupies what functioned during the early 20th century as a warehouse for (very) old-fashioned cosmetics, especially rice powders and unguents that might have been in vogue before Salazar. Today, you'll wander through battered cases of retro-hip objects that you might find baffling, but which exert powerful iconic appeal to the Portuguese. What, for example, are soaps by Claus Porti, and how, exactly, should that kitschy plastic model of Saint Anthony be constructed and at what time of the year? Look for lavender waters, kitchen tools, handicrafts, artists' supplies, books, and pomades that evoke waves of memories for the Portuguese." The New York Times
"A truly amazing place"
"Portugal is such a terrific country to tour in and often overlooked. The capital city has so much going on" (...) "A Vida Portuguesa is a must for those interested in old-world Portuguese products. A truly amazing place for gifts and retro Portuguese design." In "The Best of Lisbon Portugal".
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Achados "arqueolójicos"
Porque nós também perdemos a cabeça a descobrir as antigas lojas de bairro, das pastelarias aos encadernadores, e porque muita da nossa estética foi beber inspiração às deliciosas drogarias de bairro, deleitamo-nos a acompanhar A Arqueolojista. "Um site dedicado às lojas-avós", onde "se descobrem sítios chiques que já vestiram janotas e madames mas também aqui se encontram as tascas para grandes patuscadas, tabernas para a boa da pândega, românticas floristas, cheirosas drogarias, curiosas tabacarias, luvarias, retrosarias, livrarias, leitarias e barbearias do tempo em que a Wikipédia era o Borda d’Água."
Só para abrir o apetite fomos buscar estas fotos de Maria Miguel Pereira (a jornalista, mentora e pau para toda a obra do projecto) tiradas na Tabacaria Mónica, a mesma onde Bordalo Pinheiro começou a espalhar andorinhas. E a livraria Bertrand que, para além de ser a mais antiga do mundo, nos serve sempre como ponto de referência a quem precisa de indicações sobre como chegar aqui. "Fica mesmo, mesmo ao virar da esquina".
Centenárias resistentes
"Lojas centenárias do Porto resistem à crise. (...) Cabeleiras postiças, botões em pompons de vison e pedras semi-preciosas com valores a roçar os 45 euros cada um, ou bacalhau do Canadá com cura amarela não parecem, à primeira vista, artigos que possam manter lojas com 100 anos abertas ao público nos tempos que correm. Mas há lojas históricas no Porto que em vez de fecharem portas, prometem mais 100 anos de negócio." Como uma das nossas mais distintas vizinhas, aqui nos Clérigos. "Fundada em 1910, junto à Torre dos Clérigos, a mercearia “Casa Oriental” começou por vender chás e especiarias da China e Japão, mas como o volume de vendas começou a baixar, o proprietário José Maria Rocha, 64 anos, decidiu apostar em artigos como o bacalhau, azeite, frutas, legumes frescos e fumeiro, broa e pão." Outros exemplos de resistência aqui.
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Uma vida a tecer
Por estes dias na TVI, a tarde foi toda do "último tecelão de cobertores de papa da Serra da Estrela". O octagenário Manuel Gonçalves exibiu em estúdio a destreza com que continua a sair do lar para se deslocar à fábrica de José Freire, sempre que as solicitações obrigam. Aprendeu a tecer ali mesmo, em Maçaínhas (perto da Guarda), acabado de sair da escola, era um petiz de 12 anos. "Uma semana para saber deitar a lançadeira a baixo e a cima, trabalhar as pernas, e a maneota da rédea a puxar a lançadeira. Foi sempre a minha vida, foi tecer. Tecer é fácil mas tem outras complicações que custa muito meter na cabeça."
Actualmente, Manuel gostava de poder ensinar os truques do ofício, com mesma a paciência com que lhe foram transmitidos, mas a verdade é que não há quem queira aprender. Gostava de contribuir para manter viva esta profissão de uma vida que também é uma tradição intemporal e que corre o risco de desaparecer consigo. Detém-se a falar da qualidade da lã. Que é "churra", a mais grossa, aquela que é garantia de uma cama quentinha, e que se acreditava ser capaz de afugentar até a trovoada e a peste. "Toda a gente no mundo devia ter em casa uma meia dúzia de cobertores destes." "Porquê, senhor Manuel?", pergunta a apresentadora. "Porque são os melhores" E porque "duram uma vida". Ou duas. Ou mais.
José Freire, o proprietário da fábrica, lembra a altura em que os cobertores eram produzidos em quantidade, para chegar a todo o país e além-mar. Serviam aos pastores no campo como resguardo do frio, aos campinos como parte do seu traje e ao Príncipe de Gales para levar de lembrança da sua visita a Portugal. E o sociólogo Luís Rodrigues, também chamado à conversa, sublinha a importância de "pensar muito a sério na riqueza que o país tem e transformá-la em produtos originais e únicos". Porque afinal, "um país é mais internacional quanto mais souber vender a sua autenticidade".
O programa da TVI está disponível aqui. E, para saber mais sobre os Cobertores de Papa, não deixe de espreitar o blogue A Ervilha Cor de Rosa, em que Rosa Pomar partilha a experiência da sua visita à fábrica e explica o processo de fabrico.
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Ardósias de ontem e hoje
A Rádio Renascença esteve na loja do Chiado a filmar uma peça sobre as "Ardósias do Século XXI" e a provar que passado e futuro podem coexistir pacificamente. Porque mesmo quem já não abre mão do ipad pode muito bem continuar parcial à simplicidade da pedra preta onde se anotam recados a giz.
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
A moda dos aventais
Sugestão para este sábado: venha à Loja escolher o seu Avental. Bom fim-de-semana!
O poder da reinvenção
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Nas ondas da moda
Este nosso estaminé gosta sempre de receber visitas para filmar ou fotografar. Como esta produção de moda para um cabeleireiro, em que o nosso Óscar (Manuel dos Reis, de seu nome completo) passou detrás para cima do balcão da loja do Chiado. E brilhou.
Fotografia e Pós-Produção. Imagem: Edgar Raphael. Modelos: Diana Monteiro e Óscar Reis. Make Up Artist: Sarah Filipa. Hairstylist: André Oliveira e Sérgio Perdizeiro. Produção: Óscar Reis. Making of Vídeo e Foto por: José António Cavaco. Cliente: Victor Picardo Cabeleireiros.
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
O cobertor vai à televisão
A produção do programa da Fátima Lopes veio à loja do Chiado buscar dois Cobertores de Papa para embelezar o estúdio esta tarde, quando se contar a história desta arte têxtil que corre o risco de desaparecer. Para ver, gravar e/ou partilhar com grau de urgência. O programa começa às 15h15 e conta com uma rara aparição pública da alma deste projecto.
COBERTORES DE PAPA. Perto da Guarda, uma região cuja produção têxtil foi impulsionada pelo Marquês de Pombal, a aldeia de Maçainhas já viveu da fabricação destes cobertores outrora muito populares. Fundada em 1966, a Fábrica de Cobertores de José Freire é hoje a última no país a produzi-los. Sazonalmente, no Verão, a lã churra, grossa e comprida de ovelhas locais, é fiada e tecida num velho tear inteiramente manual. Vai ao pisão para lavar e feltrar, depois à máquina de cardar, que lhe puxa o pelo, sendo por fim esticadas para secarem ao sol. Só assim se obtém o verdadeiro cobertor de papa, consistente e muito quente, seja de cor lisa ou padrão colorido, com o seu característico pêlo comprido.
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Páginas tantas
A nossa livraria pode ser limitada em espaço mas não abdica de se manter actualizada e selecta. Com boa vontade, arranja-se sempre mais um cantinho para as páginas novas que um ano novo traz. Não podiam faltar, por exemplo, os deliciosos Poemário e Culinário da Assírio & Alvim, que dão outro ânimo ao passar dos dias. E que se juntam a obras de hoje e sempre; clássicos e novidades, do livro prático ao poético, passando pelo fado, o humor, o cinema ou a fotografia.
Destaque aqui para os Cadernos I e II de "anotações fotográficas" de Daniel Blaufuks, com as suas imagens etéreas, singulares e notáveis. De retratos, mas desta vez da capital portuguesa, se faz Lisboa nos Passos de Fernando Pessoa, assinada pela grande amiga desta casa que é Marina Tavares Dias.
No romance histórico, recomenda-se o premiado As Luzes de Leonor, em que Maria Teresa Horta disseca o conflito entre razão e emoção na vida da marquesa de Alorna. Outra forte figura feminina portuguesa, a camponesa tornada ícone comunista Catarina Eufémia, inspirou João Tordo a escrever, com uma abordagem contemporânea, a Anatomia dos Mártires.
João Pedro George escolheu para si a tarefa de biografar uma das mais complexas e interessantes figuras do mundo editorial português, Luiz Pacheco, e escolheu para título uma boutade do próprio: Puta que os Pariu!. Já o realizador Miguel Gonçalves Mendes acompanhou quatro anos da vida, pessoal e profissional, de José Saramago. O resultado final foi o tocante documentário José e Pilar. Muito do material recolhido teve que ficar de fora mas foi agora vertido para livro, com o mesmo título.
Bordalo Pinheiro volta a estar representado não só nas prateleiras de cerâmica mas também nas da livraria com o deleite de indecência que é O Pauzinho do Património, um almanaque perpétuo escrito e ilustrado pelo mestre da loiça das Caldas. E outro título que volta a ser impresso é o romance Breviário das Más Inclinações, pondo em foco a escrita de cariz rural e sensual de José Riço Direitinho, um autor aclamado internacionalmente que merece ser (re)descoberto entre nós.
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Marcas com História
"Desvendaram-se segredos de sucesso, como a inovação, a qualidade e a consistência. E contaram-se histórias de outros tempos. Sabia que o fundador da Licor Beirão pediu dinheiro emprestado para publicidade e andou de balde na mão a colar cartazes à beira das estradas? Ou que a farinha 'Branca de Neve', a primeira com fermento, era oferecida a quem fosse ao teatro? E que há produtos portugueses, especialmente os manufacturados, que podem morrer porque mais ninguém os sabe fazer? (...)
Entre um painel de convidados, moderado pelo jornalista António Perez Metelo, que incluía José Redondo, sócio-gerente da Licor Beirão, e António Trigueiros de Aragão, o homem por trás das farinhas Branca de Neve (e o vice-presidente da AEP, Paulo Nunes de Almeida), formou-se consenso em torno da "onda positiva" que nesta altura envolve os produtos nacionais e da necessidade de potenciar este ambiente favorável para levar os consumidores portugueses a preferirem o que é nacional, sobretudo nesta altura em que é necessário apostar na exportação e diminuir as importações.
Catarina Portas contou como é que uma investigação acabou num negócio que está a crescer e que é procurado por grandes empresas estrangeiras. Em 2004 comecei a ver as mercearias desaparecerem e com elas alguns dos produtos portugueses que conhecia, disse. Doze anos antes, segundo contou, era ela jornalista na extinta revista Marie Claire quando fez um trabalho com Miguel Esteves Cardoso, em que ele elegia vários produtos nacionais. Naquele ano, Catarina decidiu fazer um levantamento para perceber quais desses produtos ainda estavam no mercado.(...)
Para Catarina Portas o preocupante é que alguns produtos tipicamente portugueses vão deixar de existir a curto prazo. Fala, sobretudo, de manufactura e artesanato. Quase todos os dias vendo um cobertor de papa e só há um senhor em Portugal a fazê-lo. Tem mais de 80 anos, sei que um dia este produto vai deixar de existir, refere. Por isso, deixa uma recomendação para os mais jovens desempregados que se queixam em manifestações por não terem trabalho: Pensem na manufactura portuguesa. E salienta a falta de empreendedorismo de muitos portugueses e o facto de outros se limitarem a copiar os negócios que já existem. A empresária começou por abrir uma loja no Chiado, depois outra no Porto. Abriu quiosques de Lisboa, (que tinham sido votados) ao abandono, e vende produtos online para o mundo inteiro. Factura aquilo que, segundo diz, nunca pensou nem nos meus sonhos mais selvagens. Sonhos que valem dois milhões de euros."
O debate onde se discutiu o passado, presente e o futuro das marcas portuguesas na íntegra, texto e vídeo no Diário de Notícias.
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
"La recuperación de la tradición"
"Hace siete años, Catarina Portas era una periodista que estaba prácticamente en el paro. Hoy, sus negocios facturan casi dos millones de euros al año. Esta empresaria de 42 años asumió el desafío de trabajar para la recuperación de la tradición portuguesa, y comenzó el negocio con una amiga, con 2.000 euros de inversión. "Nunca había tenido una tienda". Quería hacer un libro sobre productos antiguos. Recopilaron una buena cantidad de ellos, y en Navidad de 2004 vendieron 70 cajas fabricadas manualmente a una tienda en el Chiado lisboeta. Reinvirtieron lo ganado y, en la actualidad, A Vida Portuguesa es conocida como la tienda, en Lisboa y en Oporto, que vende productos y marcas ancestrales. Los aceites Triunfo, Saloio y Santa María, que se venden en las latas de toda la vida, desde 1878, los lápices Viarco, con los diseños históricos, la pasta dentífrica Couto, los jabones de manos Cabrita o los productos para limpiar metales de la fábrica Coraçao. "La recuperación de la tradición es un desafío, que no tiene nada que ver con saudade o nostalgia, sino con identidad", dice Portas." El Viajero, El País.
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Coolest Shop
A nossa loja do Porto foi eleita "Coolest Shop" na categoria de "Design" dos OPORTOCOOL AWARDS 2011 e agradece a distinção. Obrigada por tornarem o nosso arranque de 2012 ainda mais especial!
Para (re)descobrir: Rua Galeria de Paris 20, primeiro andar. Sejam bem vindos!
"O primeiro andar de uma antiga loja de tecidos no cruzamento entre a Rua das Carmelitas e a Rua Galeria de Paris, encheu-se de bonitos produtos nacionais que conhecemos há décadas, ainda com as embalagens originais ou inspiradas nestas, padrões, imagens e formas do passado que agora são tão cool.
No topo de uma grandiosa escadaria, apresenta-se-nos um espaço amplo onde se destacam prateleiras antigas de 20 metros e mesas compridas de madeira onde os produtos de mostram num cenário perfeito, acabado de chegar do passado que continua a marcar as actuais gerações."
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Borda d'Ano
Nascido em Torres Vedras em 1929, o Borda d' Água é o almanaque mais antigo de que há memória, um reportório útil a toda a gente (compilando desde dados astronómicos a informações genéricas de grande utilidade). De tal forma que nós já não conseguimos conceber um ano novo sem ele. A propósito, boas entradas para todos!
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