Há marcas assim, que se estabelecem lá fora antes de serem conhecidas cá dentro, e a La Paz já vendia em Nova Iorque antes de ter a sua estreia nacional nos cabides da mais espaçosa Vida Portuguesa do Intendente. No Verão passado, fizemo-nos à estrada numa viagem de prospecção de novidades para juntar ao elenco da excelência feita em português e acabámos a bater à porta de André Teixeira e José Miguel de Abreu, inspirada dupla de designers que, em 2011, criou a marca.
Que, não sendo centenária como tantas que agraciam as nossas prateleiras, não podia ter mais a ver com o nosso espírito de "antigos, genuínos e deliciosos produtos de criação portuguesa". Porque é um caso de sucesso da re-invenção da tradição, que pôs os olhos no Atlântico e no estilo intemporal de pescadores e marinheiros. E se inspirou nos trajes tradicionais, da camisa da Nazaré ao capote alentejano, para criar as primeiras colecções - que marcam presença das páginas das revistas de tendências internacionais aos desfiles das capitais de moda internacionais.
Mundo fora, a La Paz vai-se afirmando como sinónimo de bom gosto, de atenção ao pormenor e de bem fazer à mão. E como roupa de homem tão bem feita que até as mulheres cobiçam. E não se coíbem de usar. A prova de que, as coisas são tão bem feitas, não há limitação de género (ou outra) que lhes valha.
Helen Harper para a Revista Seventeen Nazaré 1962 |
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