"Nasceu em Foz Côa e começou por ser uma boa ideia para aliviar a solidão dos idosos internados em lares do concelho. Hoje é já um importante repositório de informação histórica e etnográfica. Chama-se Arquivo da Memória. (...)
Concebido pela Acôa a partir de uma ideia original da sua actual presidente, Alexandra Cerveira Lima, ex-directora do Parque e Museu do Côa, o projecto foi apoiado em 2010 pelo programa Entre Gerações, da Fundação Gulbenkian, e incluiu, nessa sua primeira fase, uma parceria com a escola secundária de Foz Côa, cujos alunos fizeram várias visitas a um lar local e ouviram os mais velhos descrever-lhes o estranho mundo da sua juventude, quando os rapazes dormiam em palheiros, não havia quartos de banho em casa, só se comia carne em ocasiões especiais, e namorar uma rapariga era o cabo dos trabalhos.
Concebido pela Acôa a partir de uma ideia original da sua actual presidente, Alexandra Cerveira Lima, ex-directora do Parque e Museu do Côa, o projecto foi apoiado em 2010 pelo programa Entre Gerações, da Fundação Gulbenkian, e incluiu, nessa sua primeira fase, uma parceria com a escola secundária de Foz Côa, cujos alunos fizeram várias visitas a um lar local e ouviram os mais velhos descrever-lhes o estranho mundo da sua juventude, quando os rapazes dormiam em palheiros, não havia quartos de banho em casa, só se comia carne em ocasiões especiais, e namorar uma rapariga era o cabo dos trabalhos.
O objectivo inicial era tornar um pouco mais interessante a vida dos idosos internados em lares, recolhendo os seus testemunhos de vida e associando-os a um projecto que visava sensibilizar velhos e novos para a importância do património cultural e da história das comunidades locais. “A entrada no lar é difícil, mas depois os alunos achavam que afinal estavam muito bem com aquelas pessoas mais velhas, a ouvir histórias”, conta Alexandra Lima, acrescentando que também os entrevistados, quando lhes era mostrado o material e pedida autorização para o divulgar, reagiam positivamente: “as pessoas sentem que estão a deixar o seu retrato e vêem isto como um legado à família, uma coisa para mostrar aos netos”.
Texto de Luís Miguel Queiroz
Fotografias de Paulo Pimenta
Remontando à antiguidade, o pião é um jogo infantil antiquíssimo em Portugal. O pião de madeira deve ser envolvido com um baraço (o cordão) e então atirado ao chão, ficando a rodar e a bailar o mais longo tempo possível.
Os piões escolhidos por A Vida Portuguesa são fabricados artesanalmente na região de Barcelos, no norte de Portugal.
Sem comentários:
Enviar um comentário