O recanto onde Dom Pedro e Inês de Castro viveram um dos maiores amores de perdição de que há memória volta a dar que falar como sendo um dos raríssimos espaços urbanos a praticar agricultura biológica em toda a Europa Ocidental.
Os cerca de 2,5 hectares da Quinta do Paço, em plena cidade de Vila Nova de Gaia, recebe agora o projecto de Luís Alves, apaixonado desde petiz pelos prazeres das plantas, desde que o dia em que se lembra de deitar os olhos sobre o muro de uma aldeia. Rapaz urbano nascido no Porto, perdeu-se também ele de amores pelas plantas e cultiva agora mais de 150 espécies aromáticas, medicinais e condimentares.
Licenciado em Engenharia Agrícola, foi jardineiro na Fundação de Serralves e em 2002 criou, com Jorge Sá, o “Cantinho das Aromáticas”. Ali se introduzem técnicas computorizadas inovadoras, se desenvolvem investigações ao nível universitário, se cria uma linha própria, se exporta a granel e se vão coleccionando prémios. Com forte sentido pedagógico e comunitário, a empresa também criou um modelo de associativismo entre agricultores locais e tem cursos e eventos vários, ao correr do ano todo. Uma companhia rara, que produz da semente até ao produto final, e nunca dá o trabalho por terminado. Para breve, está o lançamento da tisana “Amor-Perpétuo” que homenageia a ligação intemporal dos antigos residentes, esses célebres Pedro e Inês.
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