quarta-feira, 28 de julho de 2010

Big in Japan

O "Destination Portugal" começou pelo MoMA de Nova Iorque e chegou ao do Japão. Em Tóquio, e na loja online, os produtos portugueses também brilham e se afirmam como peças de design intemporal. Como o conjunto de pá e vassoura A Vida Portuguesa e as lambrilhas Viúva Lamego, que os japoneses adoptaram imediatamente como base de copos. A Viarco marca presença com os lápis Soft Carbon, a aguarela de grafite Artgraf e os "Watercolour Pencils". E as deliciosas edições Serrote não podiam faltar: os cadernos Toalha de Mesa e Computador, o livro Minho e os Doze Cartões.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Agora também no Terreiro do Paço...

A segunda loja temporária A Vida Republicana serve de complemento à exposição "Viajar - Viajantes e Turistas à Descoberta de Portugal no Tempo da Primeira República". No Terreiro do Paço, em Lisboa, mais precisamente no Átrio do Ministério das Finanças. Aberta, como a exposição, todos os dias, das 10h00 às 18h00.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Viva a Viarco!

Passámos recentemente pela Viarco e vimos os lápis "Viva a República!" ganhar vida. Passar da grafite e da madeira às cores da bandeira nacional. Já estão disponíveis na loja da Cordoaria e não poderiam faltar na segunda loja A Vida Republicana, que nos preparamos para abrir, já amanhã. Fotografias de Catarina Portas.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Slow retail

"Lisbon, Portugal: a shrine to the old-school and the handcrafted. It's the absolute opposite of cheaper, faster, ship-it-to-your-door retail. Catarina Portas, who opened Lisbon's A Vida Portuguesa shop in 2007, has curated more than 1000 products made by Portuguese manufacturers who've deliberately resisted globalization. In many cases, she had to hunt down brands that were near extinction.

Here, in a converted soap factory in the stroll-worthy Chiado neighborhood, explore display after display of unique items—from tea and toothpaste to bolts of fabric and tambourines—that are handmade, Portuguese-crafted or have been around forever. (Lovers of retro packaging, in particular, will plotz.)

It's like a museum combined with the most gorgeous general store you've ever seen. And it celebrates something that DIYers, small-batch producers and locavores work to champion every day: Slow retail." Wish You Were Here. Inspiring travel, one place at a time.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Uma perdição chamada Regina

"Trabalhar no atendimento ao público é bastante exigente mas também muito divertido, especialmente quando se trata de uma loja em que os produtos estabelecem uma relação com as memórias de quem a visita. O episódio de uma tarde quente, algures num ambiente republicano, ilustra bem o que digo.

Entra uma senhora de chapéu, arredondada e pequenina como se quer a sardinha e a mulher portuguesa, já lá dizia o ditado. Nisto, vê as sombrinhas da Regina e diz para o marido que a acompanhava: Ah! As sombrinhas de chocolate da minha infância! Oh filho, tens de me dar uma! Vamos levar... Compra lá...

O marido acede, e entre outros produtos inclui o delicioso chocolate. Não passaram mais de dois minutos e a senhora já estava a rasgar avidamente o papel amarelo sob o pretexto de ter de comer o chocolate rapidamente, caso contrário derrete e é uma maçada... Entre mais umas voltas e espreitadelas à loja e à livraria, o casal regressa, com uma nova selecção de artigos.

Enquanto o marido pagava, contando pacientemente as moedas uma a uma, a senhora, ainda a saborear a sombrinha, como um gato que lambe os bigodes depois de uma bela refeição, diz com um ar chateado de menina: Oh Augusto, caramba...tinhas logo de me comprar um chocolate... És sempre a mesma coisa... Logo agora que estou mais gorda... Oh... E o marido, continuando a contar pacientemente as moedas, responde: Filha... Mas foste tu que pediste... Escusado será dizer que a resposta da senhora foi um EU?! indignado, seguido de um sorriso maroto nas costas do marido."

O relato é da Susana Soares, responsável pela loja "A Vida Republicana" da Cordoaria Nacional. A fotografia é de David Borges.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Sabores da Aldeia

"O cabrito assado no forno e os maranhos, as tibornas e o pão, o bacalhau e a chanfana, a tijelada e as papas de carolo, são algumas das 153 receitas que nos foram reveladas pelas pessoas das Aldeias do Xisto e compiladas neste livro. Elaboradas pelas mãos de saberes antigos que se perdem na história de Portugal, chegam hoje até nós como gastronomia de elevada qualidade temperada com o sabor da tradição."

Este "Sabores da Aldeia - Carta Gastronómica das Aldeias do Xisto" contém 153 receitas cedidas de viva voz pelos habitantes das Aldeias do Xisto e contextualizadas. Uma obra que, de acordo com o chef Hélio Loureiro, nos "faz sonhar com o pão saído do forno a lenha, quente e a fumegar, partido com as duras mãos e saboreado com sofreguidão, comido com mel ou azeite...". Foi finalista dos Prémios de Edição LER/Booktailors e candidato ao mais prestigiado prémio de design editorial do mundo, da Fundação Buchkunst na Alemanha.

A sua publicação insere-se no projecto de requalificação da rede das Aldeias do Xisto: 24 aldeias distribuídas por 14 Municípios do Pinhal Interior, na Região Centro de Portugal - um território de enorme beleza e infinitas possibilidades de lazer, com tradições ainda vivas ligadas à agricultura de subsistência e ao ciclo da vida comunitária. Aqui fica um aperitivo:

Sopas de Cavalo Cansado. Receita obtida junto da Sra. D. Marília da Conceição Nogueira, Sarzedas, Castelo Branco. Cortam-se fatias de pão para uma terrina. Regam-se com vinho tinto. Depois de terem absorvido o vinho, deita-se-lhe um fio de azeite e açúcar por cima. Acompanham com sardinhas. (Também conhecidas por sopas de burro cansado. Consideradas alimento fortificante e uma gulodice.)

terça-feira, 13 de julho de 2010

Um roteiro a redescobrir

O roteiro da TAM Nas Nuvens completa-se com a Conserveira de Lisboa, a Chapelaria Azevedo Rua, a Caza das Vellas Loreto, a Luvaria Ulisses, a Ourivesaria Sarmento, a Correaria Victorino de Souza, A Brasileira, o Nicola, a Leitaria Camponeza, a barbearia Campos e as Retrosarias da Rua da Conceição. Mais do que lojas, são monumentos, que não nos cansamos de redescobrir. Sem elas, Lisboa não teria o mesmo encanto...

"Chapelaria Azevedo Rua. Foi inaugurada em 1886 por Manuel Aquino D'Azevedo Rua, um antigo vinicultor que se mudou para Lisboa. Dizem que o rei D. Carlos, o duque de Bragança e Fernando Pessoa eram clientes da casa - o clássico chapéu do escritor, aliás, tornou-se um dos campeões de venda, feito em feltro e com as abas largas. É Possível escolher entre mais de 250 modelos e ainda encomendar um sob medida. Plumas, rendas e laços para um evento especial? Eis o endereço certo. "Não há outro sítio como este", gaba-se Graça Fonseca, neta do fundador. Praça D. Pedro IV, 72-73, 351/213-427-511.

Caza de Vellas Loreto. Corria o ano de 1789 e as apresentações no festejado Teatro São Carlos andavam a mil. Não havia energia elétrica, claro, e as peças eram inicialmente iluminadas por candeeiros de gordura, que deixavam um cheiro horrível no ar. Foi então que, junto com cantores italianos, veio a técnica das velas de cera de abelha, e não demorou até que uma família portuguesa assimilasse a novidade e abrisse esta loja nos arredores do teatro. Exatos 221 anos depois, tudo segue como naqueles áureos tempos: desde os ambientes recheados de madeira, com o mesmo relógio redondo, até às técnicas de fabricação das velas, totalmente artesanais. Rua do Loreto, 53-55, 351/213-425-387.

Luvaria Ulisses. Entre a FNAC, a H&M e outras grifes internacionais que se espalham pela Rua do carmo, no coração do Chiado, a portinha do número 87A segue intacta desde 1925. Ali, por trás da fachada neoclássica e entre móveis de tempos do império, sobrevive a última loja de Lisboa especializada em um único produto: luvas artesanais, feitas sob medida. O processo é todo como antigamente e inclui uma almofadinha para os cotovelos na hora de experimentar e tirar os moldes. Alguns modelos existem desde que a loja abriu as portas - é o caso do nº17, feito em pelica, com uma pequena abertura lateral e dois delicados botõezinhos para rematar. Rua do Carmo, 87A, 351/213-420-295.

Ourivesaria Sarmento. Inaugurada em 1870 na esquina da Rua do Ouro com a Rua de Santa Justa, a joalheria mal imaginava que, nos anos seguintes ficaria aos pés de um dos mais famosos cartões-postais de Lisboa: o elevador de Santa Justa, projectado por um dos aprendizes de Gustavo Eiffel (o mesmo da torre de Paris), que só seria inaugurado em 1902. Fez fama com as tradicionais baixelas de prata e as joias em filigrana, tipicamente portuguesas. Rua Áurea, 251, 351/213-426-774.

Correaria Victorino de Souza. A casa é de uma época em que as actividades comerciais mais comuns ainda davam nome às ruas da capital portuguesa. Hoje, é a única do gênero na Rua dos Correeiros - e, na verdade, na cidade toda. Sua especialidade? Correias, arreios e selas para animais. Inaugurada no final do século 19, quando os animais eram a base do transporte no país, fabrica à mão até hoje e vende produtos como naqueles velhos tempos, embora boa parte deles faça parte de uma colecção dos donos e esteja ali em exposição. Rua dos Correiros, 200-202, 351/213-427-458.

Cafés com História. A brasileira, com a estátua de Fernando pessoa logo em frente, já é praticamente uma atração turística de Lisboa, inaugurado em 1905. Mas há outros tantos cafés imperdíveis, como o Nicola, do século 18, e a menos conhecida Leitaria Camponeza, que até aos anos 1980 ainda vendia leite fresco aos clientes. A Brasileira: Rua Garrett, 120, 351/213-469-541; Nicola: Praça D. Pedro IV, 24-25, 351/213-460-579; Leitaria Camponeza: Rua dos Sapateiros, 155-157, 351/919-060-843.

Armarinhos da Rua da Conceição. Esta ruazinha da Baixa ainda guarda na memória os tempos em que as clientes faziam filas esperando as lojas abrirem suas portas. Isso a partir dos anos 1880.... Ainda que hoje as linhas para ponto cruz estejam, digamos, em desuso, o universo de milhares de pequenas gavetas e caixinhas recheadas de agulhas, rendas, fitas e botões de todas as cores e tamanhos é uma deliciosa volta ao passado. Retrosaria JR da Silva: Rua da Conceição, 93-95, 351-213-462-412; Alexandre Brito: Rua da Conceição, 67-69, 351/213-428-613.

Barbearia Campos. A placa do lado de fora já denuncia a idade. Nela está escrito "cabelleireiro", assim mesmo com dois eles. Mas a barbearia é ainda mais antiga do que se pode imaginar. Inaugurada em 1888, conta-se que era frequentada pelos escritores Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão. As cadeiras são de ferro pesado e encosto redondo, e o balcão é enfeitado com tijelas e pincéis seculares. Largo do Chiado, 4, 351/213-428-476."

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Nas nuvens em Lisboa

A revista brasileira "TAM Nas Nuvens" voou até Lisboa e elaborou um roteiro das mais encantadoras lojas da capital, que mantêm um charme de outros tempos. Publicado no número de Junho de 2010 que, mesmo a propósito, é uma edição vintage. "Em Lisboa, ainda é possível viver à moda antiga. Um roteiro pelos endereços mais tradicionais - e encantadores - da capital portuguesa, que estão mais na moda do que nunca.

Lisboa foi capaz de preservar intactas, como nenhuma outra capital europeia, tradições que atravessaram séculos. Ao mesmo tempo em que a cidade ganhou, nos últimos anos, hotéis-design, bares modernos e lojas hi-tech sem precedentes, ela olhou para trás - e gostou do que viu. Hoje o que é vintage está na moda. E o que era velho, mesmo, ganhou charmosos ares retrô.(...)

A Vida Portuguesa. Ao perceber que alguns produtos históricos e tipicamente portugueses desapareciam das prateleiras, a jornalista Catarina Portas decidiu fazer algo para recuperar o que chama de "design histórico do cotidiano, tão ingénuo e divertido". O resultado é sua loja A Vida Portuguesa, que trouxe de volta ao dia a dia preciosidades como os pincéis de barbear Senogue, feitos desde 1955; a Pasta Dentífrica Couto, lançada em 1932; e os sabonetes Confiança. Para colecionar."

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Artesanato em feira

A Feira Internacional de Artesanato já leva 23 anos a mostar um saber fazer à mão que volta a ser valorizado nestes tempos de globalização. É a maior da península ibérica, reúne artesãos de aquém e além fronteiras mas, o mais importante mesmo, é que conta com a presença de alguns dos nossos estimados fornecedores. Até domingo dia 11, na FIL, Parque das Nações, em Lisboa, das 15h00 às 24h00.

Duas visões

quarta-feira, 7 de julho de 2010

The mother lode

"Perhaps this amazing archive of authentic Portuguese products is a serious stand against the globalization and fast retailing that seems to have taken over the rest of the E.U. But for me, well, I’m just a sucker for all that hip retro packaging." Maura Egan, New York Times.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Viva a República!

"A exposição Viva a República transformou a Cordoaria Nacional num organismo vivo. Há ruas, edifícios e preças em grande escala, onde se escutam tiros, gritos e multidões em protesto. Nas paredes, vídeos e filmes de época, fotografias, recortes de jornais e outras publicações contam a história do nascimento da República Portuguesa, desde 1907 até 1930. (...)

As surpresas não se ficam por aqui e, no final, o visitante é brindado com uma pequena amostra da loja "A Vida Portuguesa", onde há livros, brinquedos antigos, postais, sabonetes, entre outros objectos que remetem para o passado.

A exposição Viva a República está na Cordoaria Nacional (Av. da Índia) até Outubro e pode ser visitada todos os dias das 10.00 às 18.00. A entrada é livre. Marcação de visitas guiadas: marcarvisitas@centenariorepublica.pt / Tel: 213628366." Catarina Mendonça Ferreira, Time Out Lisboa.