segunda-feira, 28 de julho de 2014

"Un templo de armonía"

© Augusto Brázio
"Se llama Catarina Portas, es lisboeta y es la creadora del concepto ‘A vida portuguesa‘, un conjunto de iniciativas que reúne desde tiendas a objetos, desde pequeñas empresas familiares a acciones como la recuperación de aquellos característicos quioscos que hace unos años inundaban calles y parques ene la capital lisboeta y que de no ser por su empeño en traer al presente los objetos del pasado para darles proyección de futuro habrían desaparecido.

Catarina es periodista de formación, por eso no llaman la atención ni su capacidad de síntesis ni su precisión a la hora de elegir el vocabulario con el que responde a nuestras preguntas. Nos recibe en la sede de su último gran proyecto, la tienda ‘A vida portuguesa’ de la plaza del Intendente. Pequeña, armoniosa, dulce y con unos ojos inteligentes llenos de energía que no paran de escudriñar y vigilar todo lo que ocurre a su alrededor.

De su infancia nos cuenta que fue muy extranjerizante, pero que aún así volcó una mirada primigenia a Portugal y descubrió lo que en literatura se llama ‘lo real maravilloso del siglo XX’ en forma de productos portugueses, y de ahí creó ‘A vida portuguesa‘.

La primera de las tiendas con ese nombre se encuentra en Lisboa, en el Chiado, en un antiguo almacén-tienda que dejó prácticamente sin tocar, tal y como lo encontró. La segunda está en Oporto, en la zona de moda, y también es un antiguo almacén. La tercera es la de la plaza del Intendente, en Lisboa, y es un proyecto tan especial que en 2013 ganó el premio a la mejor tienda de Portugal. Y esta merece un punto y aparte.

Abrir una tienda de 500 m cuadrados en el antiguo almacén de la fábrica de cerámica Viuva Lamego, construida en esa plaza en 1849 y fuera del circuito turístico, suponía todo un reto. El alcalde, Antonio Costa, tuvo la valentía de llevar unos años antes su despacho a esa plaza, un lugar con un nivel de degradación difícil de describir. Sin embargo, el tiempo ha demostrado que ni el alcalde ni Catarina se equivocaban en su apuesta, que además, ha generado un efecto Guggenheim, lento pero decidido: al lado hay una tienda-taller de alquiler de bicis que representa a las Bromptom en Portugal; han abierto un restaurante con terraza que atrae a gente de lo más variopinta; el portal siguiente va a ser un centro de actividades, clases, talleres y tienda de productos alimenticios de 30 ayuntamientos del interior del país; el antiguo hospital en desuso del Desterro, se convertirá en un centro de cultura, arte y creación. Un barrio recuperado y vivo.

Eso por fuera, que por dentro, ‘A vida portuguesa’ es un templo de armonía. Armonía creada en torno a decisiones brillantes, como la de dejar a la vista los azulejos desparejados, la de recuperar  miles de productos, desde los jabones de Ach Brito, Confiança (según Oprah Wifrey los mejores del mundo); las cerámicas  naturalistas de Bordallo Pinheiro; una selección de Vista Alegre, ropa, juguetes de madera y de metal, libros, a cual más apetecible; mermeladas, conservas, licores, joyas, cuadernos Emilio Braga, los preferidos de Paul Auster; los lápices Viaco de madera, y  hasta bañeras.

En la conversación sobre sus proyectos frases como ‘la manufactura es la riqueza de hoy en día’. ‘Tener a gente que sabe de oficios junto con la tecnología es el futuro, y hablo de un futuro mucho más agradable y armonioso que el de las ciudades en las que cada calle parece el pasillo de un aeropuerto’. ‘No necesito locales que sean un cubo blanco con fluorescentes empotrados’. ‘La tienda de guantes más antigua de Lisboa sale en todos los libros y la multinacional de ropa que se encuentra enfrente en ninguno’.

Catarina tiene más ideas, más proyectos, eso a pesar de que hubo un momento en el que dijo que no quería crecer mucho, ya que no quería que su vida se convirtiera en un infierno; pero debe de haber encontrado alguna fuerza complementaria sobrenatural que la ha hecho cambiar de parecer. Y aquí sigue, luchando por que la memoria de la vida portuguesa siga viva."

Entrevista de Maribel Vives

"Un delicioso elogio de las manufacturas portuguesas"

E da primeira vez que El Hedonista tinha estado entre nós, tinha sido assim:

"Muy cerca, no podemos perder la ocasión de visitar A Vida Portuguesa la tienda que la periodista Catarina Portas abrió en el corazón de Chiado, en un almacén centenario de cosméticos, con el propósito de recuperar una infinidad de productos portugueses que a punto estuvieron de caer en el olvido. Un delicioso elogio de las manufacturas portuguesas donde pueden adquirirse desde los jabones Ach. Brito e Confiança, en sus embalajes originales, hasta las conservas Tricana, los azulejos Viúva Lamego, lápices Viarco o los cuadernos Emílio Braga e Serrote."

Quino Messeguer

É hora da sementeira

João Gomes tinha outra vida antes de começar a percorrer as serras, arribas e campos de Portugal, perder-se entre plantas, arbustos e árvores, e tomar-lhe o gosto à séria. A recolher - e inspirar uma rede de recolectores - sementes de norte a sul do país, para lhes estudar as potencialidades: ornamentais, alimentares ou medicinais. Pelo caminho descobriu que em solo nacional existem para cima de quatro mil espécies autóctones, que é o que se diz daquelas que não se encontram em mais parte nenhuma do mundo (e que fazem do nosso índice de biodiversidade, tendo em conta a área geográfica, um dos mais elevados da Europa), cada vez mais usadas em projectos internacionais de paisagismo inovador. E foi aprendendo a diferença entre uma "Giesta Branca" e uma "Gilbardeira", que o "Alho Porro" não é só para o São João, que uma "Boa Escolha" também pode trazer uma espiga de flores incríveis e que as "Assembleias das Areias" não têm nada a ver com as férias dos deputados. Aos poucos, foi reunindo um catálogo de sementes (não hibrizadas ou sujeitas a manipulação genética) com garantia de origem e qualidade germinativa. Que agora também está à venda nas lojas A Vida Portuguesa, com o selo "Sementes de Portugal". Porque, no fim de todo este processo, João Gomes arranjou maneira de nos por todos a apreciar e colorir ainda mais este "jardim à beira mar plantado".


terça-feira, 22 de julho de 2014

COOLi

"Agora abrimos uma nova que é mais uma loja de casa, onde temos muito mais espaço, no Largo do Intendente. Já são quase 500m2 e aí já estamos a avançar para a área de casa. Portanto, em vez de vendermos só sabonetes, também já vendemos banheiras, e fogões e lençóis. Ainda por cima, são áreas em que Portugal fabrica muito bem, toda a área de casa. Dos talheres aos pratos e ao têxtil, são áreas em que nós somos muito bons e fazemos coisas com imensa qualidade."
"Eu fiz a loja para portugueses. Daí, eu acho, ela ter tanto sucesso com os estrangeiros. Porque os turistas não gostam de coisas feitas demasiado à medida. Ainda lhe sabe a alguma autenticidade, a loja. Sendo que nos últimos anos o perfil da clientela mudou um bocadinho porque os estrangeiros eram em menor número , obviamente, mas o portugueses começram a comprar menos e os estrangeiros entretanto também aumentou muito o número de turistas mas agora digamos que é fifty-fifty, metade-metade."

Catarina Portas no COOLi para rever aqui.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Um livro que é um património

A história da Ramos Pinto, contada ao pormenor e belissimamente ilustrada neste tomo de 336 páginas (e cinco quadrípticos de oito páginas cada) e 2.700 gramas. Uma edição luxuosa que faz um vistaço numa mesa de café e conta às gerações futuras um capítulo importante da tradição vinícola portuguesa. Custa 70 euros e oferece uma garrafa de 50cl de Adriano reserva. Um livro que é todo um património.


Em 1880, Adriano Ramos Pinto, um artista portuense de 21 anos, decidiu fundar uma empresa de vinho do Porto. Em 1896, o irmão António, fotógrafo, junta-se ao negócio e cedo decidem apostar no mercado brasileiro para o qual, nos anos 20, exportam já metade da produção. É certamente o espírito artístico destes irmãos que os leva a apostar numa imagem publicitária de traço ousado e invulgar qualidade, assinada por artistas portugueses e estrangeiros – hoje, um património com o qual nenhuma outra marca de Porto pode competir.

Nos 360 hectares que possui no Douro, a mais antiga região demarcada do mundo criada em 1756 pelo Marquês de Pombal, a Ramos Pinto produz as uvas dos seus próprios vinhos, assinados pelo reputado enólogo João Nicolau de Almeida: Porto Branco, Ruby e Tawny, para degustar como aperitivo ou digestivo. Desde 1990 parte do grupo Roederer, as caves e os escritórios intactos dos anos 30 desta grande marca justificam a visita no cais de Vila Nova de Gaia que, homenageando estes artistas do vinho, se chama aliás Av. Ramos Pinto.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Americano, o escritor. Português, o caderno


Paul Auster faz o elogio do Caderno Azul da Firmo (e de Portugal, "o último país secreto da Europa") no último número da revista UP (num texto de Maria João Guardão):
"Quando Sidney Orr entrou na papelaria do senhor Chang, em Brooklyn, e comprou um caderno azul, encadernado a pano, não sabia no que se estava a meter. O amigo John bem o avisou sobre o caráter dúplice do objeto, mas era ainda demasiado cedo e tudo corria bem. “De maneira que tirei a tampa da caneta, finquei o aparo na primeira linha da primeira página do caderno azul e comecei a escrever. As palavras vieram rápidas, fluentes, aparentemente sem grande esforço.” Umas páginas mais à frente, a “crueldade dos cadernos portugueses” haveria de se abater sobre o escritor em bloqueio de escrita que vive dentro d’A Noite do Oráculo*, décimo romance de Paul Auster (mais coisa menos coisa, depende de como se conta), publicado em 2003. Por esta altura já o verdadeiro autor teria cumprimentado Pessoa no Chiado, atravessado o Camões até o Calhariz, no seu passo de grande felino, e descoberto a papelaria forrada a madeira onde vivem os CADERNOS AZUIS DA FIRMO, que os começou a fazer em 1951. A produção dos antigos livros de fiado das mercearias, lisos, pautados ou quadriculados, ressuscitou com a referência e passou a ser outra vez fácil encontrá-los em papelarias e lojas de produtos portugueses, mas a patine daquele lugar original é difícil de superar."


terça-feira, 15 de julho de 2014

Loja ao mar!

Chega a nona edição do ILUSTRA, o Prémio de Ilustração da ETIC, e o palco deste ano é A Vida Portuguesa no Largo do Intendente. O tema a concurso era o MAR, os vencedores foram três e as menções honrosas também. Mas porque o que conta é desenhar, os demais concorrentes também vão estar expostos, entre 24 de Julho e 7 de Agosto. A ETIC continua a preparar os talentos do futuro e dá-nos oportunidade, todos os dias entre as 10h30 e as 19h30, de mergulhar neles.


Mimos ribatejanos

A dimensão geográfica do país poderia não deixar imaginar tanta riqueza e diversidade mas também já não é segredo para ninguém que em Portugal há zonas que se especializam em diferentes técnicas, produtos e preciosidades. Por isso, "O MELHOR DO RIBATEJO" visa precisamente pôr o foco sobre essas personagens "castiças, de personalidade bem vincada" que são os ribatejanos, e o que de melhor eles fazem: dos barretinhos de lã às tábuas de cozinha em pinho, das compotas de fruta aos queijos de cabra e ovelha, do azeite autêntico à flor de sal. Uma selecção destes artigos, de vincada produção artesanal, apresentada pelos muito típicos Chico e Rosa, já está disponível na loja do Intendente. E é um mimo!

segunda-feira, 14 de julho de 2014

"Amazing store"

A Vida Portuguesa is "an amazing store with authentic Portuguese products. We wanted to buy everything! You cannot miss it when in Porto!"

Heroes & Creatives | The Blog

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Intendente em festa

O Intendente assume-se cada vez mais como um bairro inteiro, onde as compras da tarde são intercaladas com um copo entre amigos. E onde antes de um concerto há sempre tanta escolha para jantar ou petiscar. Onde já quase não se passa um dia sem um lançamento de um livro, uma inauguração de uma exposição ou um pulsar do nervo criativo. Está tudo aqui, cada vez mais. Este mês, até dia 27 mais precisamente, o Intendente está em festa constante. E nós também. Acompanhe tudo, dia a dia, aqui.

"E quem era o Intendente?
Diogo Inácio de Pina Manique (1733-1805) foi o célebre intendente-geral da Polícia, no reinado de D. Maria I. O largo tomou o seu nome por causa do Palácio, que lhe pertenceu, situado entre as travessas do Maldonado e da Cruz."

"Se quisermos ser rigorosos, o Intendente é só um largo que se situa no bairro dos Anjos", diz à Visão Sete Marina Tavares Dias, jornalista, escritora e conhecida olisipógrafa. A questão é que as culturas urbanas não se regem pelos mesmos rigores do saber e, por isso, as mudanças no Largo do Intendente parecem estar a expandir-se para as ruas adjacentes. Também foi assim no Bairro Alto, nos anos 80 do século passado, já há quem diga. "Para que a mudança seja eficaz, tudo tem que funcionar em consonância", comenta João pedro Vale que, com Nuno Alexandre ferreira, foi responsável pela curadoria da exposição Intendente, patente no mês passado em vários bares das ruas do benformoso e Anjos. E Marta Silva, da direcção artística do largo Residências, acrescenta: "Ainda há muito trabalho por fazer, até porque, se foi dada muita atenção ao largo, sempre fomos sensíveis também ao que se encontra à sua volta." Por causa de tudo o que está a acontecer, o coletivo Bairro Intendente, recém-criado e composto por moradores e comerciantes, quer trazer mais pessoas ao BI durante o mês de Julho." Sandra Pinto, revista Visão.



 

terça-feira, 8 de julho de 2014

O Intendente na Ponta dos Dedos


Sancha Trindade: Para confirmar que os actos de loucura e ousadia valem bem a pena na nossa cidade, (...) uma loja intemporal que é um testemunho vivo ao que de melhor se faz no nosso país. O palco maior de Catarina Portas sugerido pela revista Monocle.

Catarina Portas: Não acho que seja o meu palco mas antes de uma produção portuguesa de grande qualidade, sobretudo na área de casa. São coisas que nós fazemos muito bem como o têxtil, a cerâmica, a porcelana, a cutelaria, por aí fora. E são coisas que nós agora temos possibilidade de ter nesta loja, nas outras já não tinhamos espaço para elas. Mas agora estão aqui, e sim, têm esse palco muito maior.

ST: Com 500m2 a nova loja é um acto de irreverência.

CP: Eu acho que houve alguma dose de loucura nisto, por causa do contexto, da época e, se calhar, por causa também, por enquanto, do bairro em que estamos, que não é um sítio onde as pessoas venham às compras naturalmente. Está um bocadinho fora do circuito, mas também se não fosse fazermos as coisas, de vez em quando, com alguma dose de loucura, a vida também não tinha graça absolutamente nenhuma.

ST: Depois do Chiado e do Porto, nesta loja, há mais espaço para as marcas nacionais que confortam as casa portuguesas.

CP: Sendo que há muito mais espaço nesta loja, há muitos mais produtos e mais áreas também. A ideia desta loja é um prolongamento das outras, as outras tinham pequenos objectos, esta já é uma loja que abarca mais a área de casa. Portanto, nós continuamos a vender sabonetes mas agora também vendemos banheiras, continuamos a vender marmitas mas agora também vendemos fogões a lenha, por exemplo. Antes vendiamos pequenos saquinhos de alfazema, agora vendemos lençóis e por aí fora. Temos mais coisas e todas elas, eu acho, do melhor que Portugal faz.
Dalguma forma isto estava não planeado mas sonhado - são coisas diferentes. Eu queria muito evoluir, tendo feito o primeiro trabalho das lojas d' A Vida Portuguesa, queria aumentar as marcas que vendemos, os produtos, porque fui descobrindo coisas que eu gostava de vender. Infelizmente não tinha era espaço. Portanto, na minha cabeça sempre esteve este aumento de produtos, de loja. E por outro lado, um espaço destes, quando aqui entrei para mim era absolutamente óbvio, disse: "eu tenho que fazer aqui a loja mais bonita da cidade".

ST: A Vida Portuguesa será sempre uma morada de passagem obrigatória na cidade de Lisboa.


A Cidade na Ponta dos Dedos 
Para ver, o vídeo, aqui.

Vá pelos dedos da Sancha


Em 2006, Sancha Trindade criou um blogue que havia de se tornar numa declaração de amor. Como uma carta que se vai escrevendo, à medida que se descobrem novos motivos de espanto, admiração e entusiasmo no ser amado. Mesmo se o ser amado, como neste caso, é uma cidade, é Lisboa. Depois de contribuir para diferentes orgãos de imprensa (do Expresso à Vogue, passando pelo Diário Económico ou pela Vanity Fair) e assumindo-se sempre mais como contadora de histórias do que como jornalista, Sancha sentiu a necessidade de criar uma plataforma que fizesse justiça ao carácter vibrante e dinâmico desta Lisboa sempre antiga e sempre nova. Uma montra que, dos livros aos pratos, da moda à tecnologia, fosse pondo em foco aquilo que de melhora cidade tem para oferecer. Chamou-lhe "a cidade na ponta dos dedos".
Alfacinha que não esconde o orgulho de o ser, habituámo-nos a vê-la calcorrear as sete colinas a toda a volta, tão confortável a calçar um par de galochas como as distintas luvas da nossa estimada vizinha Ulisses. Havia um lançamento, uma abertura, uma novidade, a Sancha estava lá, com um energia contagiante, incansável a partilhar os acontecimentos das mais diversas áreas. E porque um entusiasmo destes não se queda nas delimitações geográficas, havia de acabar por se estender ao Porto, ao país e ao mundo. Recentemente, achou por bem alargar o conceito da plataforma ao Atlântico, e lá vai cabendo sempre mais dentro, com a possibilidade de dissecar marcas, produtores, o bem saber fazer.
Em 2014, já era altura de esta declaração de amor passar à televisão. Agora disponíveis a uma audiência mais alargada, o bom gosto e a elegância são exactamente os mesmos do primeiro dia, das primeiras linhas. Não há volta a dar-lhe, quem tem faro para as coisas belas (e boas), tem.


A plataforma Atlântica, em formato de televisão para o Económico TV e Canal 180, também disponível aqui.

domingo, 6 de julho de 2014

O nórdico que pôs a nossa livraria num desassossego só

"Imagine um norueguês, assim mesmo daqueles altos e loiros, a caminhar pelas ruas de Oslo nas últimas semanas de umas férias prolongadas. Vê uma loja para alugar. Qual é a ideia mais improvável que ele podia ter? Se respondeu: abrir uma livraria pop up para vender um único livro, sendo o título escolhido O Lívro do Desassossego de Fernando Pessoa, acertou. Porque foi isso mesmo que Christian Kjelstrup fez ao criar a Livraria do Desassossego.
mais improvável ainda: teve tanto sucesso que o livro foi reeditado na Noruega com direito a uma citação de Christian na capa - "o melhor livro do mundo" - e que acabou com um convite ao livreiro para vir até Lisboa. "Até me sinto constrangido de estar aqui a promover um livro que é vosso", explica. E não só veio dar conferências na Casa Fernando pessoa e dormir no quarto do próprio - "tenho medo de partir a cama, talvez durma na arca" -, como ganhou um espaço n' A Vida Portuguesa do Chiado para vender por uns dias... O Livro do desassossego, claro."

sexta-feira, 4 de julho de 2014

quinta-feira, 3 de julho de 2014

A montagem da livraria, o primeiro dia de desassossego, a clientela do Pessoa. Christian Kjelstrup veio da Noruega re-acender a paixão pelo poeta. Também no facebook.