segunda-feira, 29 de abril de 2013

For retro design lovers

"A shop for nostalgia fans and retro design lovers. For anybody who likes a good rummage: a huge variety of traditional household items, as well as stationery, cosmetics and food. And it's all made in Portugal."

A Vida Portuguesa entre os destaques lisboetas da TRIPWOLF Travel Guide.

O Dia do Beijo é sempre que o beijoqueiro quiser



A RTP foi a Tomar conhecer os bastidores dos doces "Beija-me Depressa" a propósito do Dia Internacional do Beijo. Estes são feitos à base de ovos e açúcar, porque os ósculos se querem gulosos, usando uma receita que se mantém secreta e produz cerca de 600 unidades por dia. Igualmente deliciosa, a embalagem inspirada num retrato de gémeos, que, ao fim de décadas, continua a derreter corações. E pode ser encomendada através da nossa loja online.

Renovar Toronto

E, de repente, as prateleiras dos supermercados de Toronto parecem as nossas:



Marca europeia líder no sector de produtos de uso doméstico e sanitário, a Renova vem zelando, desde 1939, pela higiene dos portugueses. Hoje em dia os seus produtos encontram-se à venda de Lisboa a Estocolmo, em versões coloridas e padrões estampados. A marca reinventa o seu papel.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Entre a movida e a saudade


A revista de LE FIGARO rendida à Vida Portuguesa e ao "elétrico chamado prazer" que é Lisboa:

"O coração de Lisboa, que bate entre o espírito da movida e da saudade, acorda sem pressas. Na Praça de Camões, é provar o Mazagran - limão, açúcar e café gelado - num quiosque antigo, recuperado por iniciativa da jornalista Catarina Portas, que também criou a bela loja "A Vida Portuguesa". Não servem senão bebidas tradicionais preparadas diariamente."







quarta-feira, 24 de abril de 2013

Abril em sabonete



A Saboaria Confiança de cravo ao peito. Ou como explica Catarina Portas (em entrevista ao jornal i): "O que me fascinou desde o início foi a possibilidade de contar a história dos produtos e com isso um bocadinho a história da vida quotidiana de Portugal e de quem os faz. As embalagens são bonitas, mas é muito mais que isso.

Saber, por exemplo, que os sabonetes Ach Brito/Claus Porto vêm de uma fábrica fundada por dois alemães no final do século XIX, no Porto; que a fábrica Confiança, também fundada no final desse século em Braga, tanto fez um sabonete a celebrar a exposição do Mundo português, como o da Grândola Vila Morena. No fundo, é a história do país contada da perspectiva do consumo."

Outras criações intemporais da Saboaria Confiança, na nossa loja online.


terça-feira, 23 de abril de 2013

Dia internacional do livro



É hoje e todos os outros. Na nossa livraria.

A vida familiar



"A loja da ex-jornalista Catarina Portas faz parte de um projecto popular que arrancou em Lisboa para vender famosas marcas antigas portuguesas em embalagens com charme retro. Os brinquedos vintage encontram-se entre os produtos belos produtos que também incluem lápis, latas coloridas e as andorinhas de cerâmica do artista do século XIX que respondia pelo nome de Bordalo Pinheiro e se tornaram o símbolo da loja.
Rua Galeria de Paris 20 (22 202 2105 / www.avidaportuguesa.com). Metro Aliados. Aberta das 10h00 às 20h00 de segunda a sábado."
Time Out Porto for Visitors. Edição 2013.



quarta-feira, 17 de abril de 2013

Como se Faz um Livr'omem



Paulo de Cantos era um vanguardista com queda para a pedagogia, isso parece ser consensual. E um homem à frente do seu tempo; ninguém duvida. Mas tinha tantos talentos que se tornava difícil definir (ou engavetar como as mentes mais simples tendem a fazer).
Foi reitor liceal, coleccionador, filantropo, filólogo, inventor e auto-editor de livros invulgares. E criou uma obra gráfica impressionante que a editora Barbara Says achou por bem deixar para a posteridade. Neste que é um livro em forma de homem e vice versa - em cuja impressão (ele haveria de gostar de saber) foram combinadas várias técnicas diferentes: offset para o miolo e tipografia para as zincogravuras que a família cedeu. "O livro-omem - Paulo d' Cantos n' Palma d' Mão" é uma preciosidade editorial. E já está à venda n' A Vida Portuguesa.



"Não é fácil sintetizar quem foi Paulo de Cantos (1892-1979). Professor, editor, gráfico, filantropo, filólogo. Foi tudo isto, mas talvez a melhor forma de o descrever seja a expressão “o livr-o-mem” (o livro-homem), expressão usada no título da edição que hoje é lançada em Lisboa.

O interesse em torno de Paulo de Cantos surge precisamente por causa dos livros, manuais didácticos, opúsculos, que editou freneticamente desde os anos 20 do século passado até morrer. São livros sobre os mais diversos temas - linguística, geografia, anatomia, literatura, matemática, folclore – e cuja particularidade é a forma como aproveitou a composição tipográfica para criar esquemas, desenhos estilizados, mapas antropomórficos.

O resultado é um trabalho de vanguarda, praticamente desconhecido, muito visual, com uma preocupação pedagógica. Não é raro encontrar livros que podem ser lidos nos dois sentidos como Os reis do RISO…As leis do SISO (sem data) ou Sal-Azar/Sol!Az!!Ar!! (1961?). Ou ainda o Adágios (1946?), que compila um conjunto de adágios traduzidos em 10 línguas.

De Cantos criou ainda uma língua própria. Depois de uma viagem ao Brasil, por volta de 1965, o autor organizou em sua casa um Congresso Luso-Brasileiro dedicado à língua portuguesa. Daí surgiu a ideia de unificar a grafia das duas línguas, a que chamou PAK.

Os livros de Paulo de Cantos chegaram às mãos de António Silveira Gomes, um dos sócios do atelier Barbara Says, há mais de uma dezena de anos quando estudava design gráfico na Faculdade de Belas Artes de Lisboa. Cruzou-se com eles no Geronte, um bar/alfarrabista no Bairro Alto, “entre copos e o cheiro a mofo próprio dos alfarrabistas”.

A pouco e pouco, a curiosidade sobre quem seria aquele curioso autor foi crescendo até que António e Cláudia Castelo, editora e sócia do Bárbara Says, decidiram que tinha chegado a altura de fazer alguma coisa para revelar tão singular figura.

“Reunimos o espólio dele, fizemos uma exposição, reunimos um conjunto de pessoas [durante as Jornadas Cantianas que decorreram em Março do ano passado] para nos ajudar a perceber quem foi este autor, aproximámo-nos da família para perceber o que restava além dos livros”, conta Cláudia Castelo. Do filho, Gil de Cantos, e da neta, Maria João de Cantos, chegou um baú cheio de zincogravuras que o autor usava na composição dos seus livros.



O resultado destas descobertas é O livr-o-mem – Paulo d’ Cantos n’ Palma d’ Mão, que esta tarde é apresentado no jardim do Príncipe Real, em Lisboa. O lançamento do livro, será feito junto de um plátano mandado plantar por Paulo de Cantos, em frente ao antigo Centro de Profilxia da Velhice, pela Valorização Humana desde a Mocidade, fundado pelo autor.

O objectivo foi sistematizar o conhecimento compilado a propósito do autor. Com um formato semelhante ao do Dicionário Técnico, editado em 1942, na impressão do livro foram usadas várias técnicas: offset para o miolo e tipografia para as zincogravuras cedidas pela família.

De Cantos parece ter sido um homem à frente do seu tempo. “Muitos dos livros de Paulo de Cantos encontrados nos alfarrabistas nem sequer tinham sido abertos”, nota António Silveira Gomes. “Há uma distância muito grande entre a obra que ele produziu e o público que a recebeu Ele foi incompreendido na altura mas a obra dele tem coisas para dizer”, completa Cláudia Castelo.

Paulo de Cantos nasceu em Lisboa, estudou em Coimbra, onde foi contemporâneo de Salazar. Foi professor no Liceu Pedro Nunes, reitor do Liceu Eça de Queiroz, na Póvoa de Varzim, fez cursos de química, belas-artes e até vitivinicultura. Regressou a Lisboa onde fundou o Centro de Profilaxia da Velhice na sua casa, e criou a Bibliarte, um alfarrabista por onde passaram Fernando Pessoa, Cesariny, entre outros.

Mas ao contrário dos seus contemporâneos, De Cantos permaneceu praticamente desconhecido, o que cria um certo mistério à sua volta. Como se relacionou Paulo de Cantos com a ditadura? Até que ponto influenciou os artistas que com ele conviveram? Cláudia Castelo espera que as respostas comecem a chegar depois desta primeira obra.

Mas De Cantos vai além dos livros. O seu lado de inventor tem expressão no modelo do corpo humano construído pelo autor em tamanho real, que se abre como um móvel e tem lá dentro ossos humanos a simular um esqueleto, ou a bizarra bengala de sobrevivência, com vários compartimentos para guardar pequenas quantidades de mantimentos." Texto de Raquel Martins para o Público.

Como se faz um livro-fábrica



DAS MALHAS QUE O TEMPO TECE. Estiveram em exposição em Guimarães e encontram-se agora reunidas em livro as imagens que o fotógrafo e realizador Daniel Blaufuks captou da Fábrica de Fiação e Tecidos do Rio Vizela (em Santo Tirso). Outora fulgor de prosperidade - chegou a ser a segunda maior de toda a Europa - agora esquecida pelo homem e até mesmo pela memória. Imagens da poesia do abandono, ruínas que continuam a ter uma história para contar, já à venda n' A Vida Portuguesa.



"O fotógrafo português espantou-se com o que já foi a segunda maior fábrica têxtil da Europa e fez um livro e um filme. E uma exposição que pode ser vista em Guimarães

O pulsar de um metrónomo preenche toda a sala. Um tiquetaque constante que lembra a passagem do tempo, ainda que por ali pouco ou nada se mova. Há pouca luz e olhar as fotografias nas paredes exige esforço. Ao fim de alguns minutos, o som de uma campainha interrompe o compasso. Como se a fábrica nos chamasse para voltar ao trabalho. Seria assim o dia-a-dia de uma das maiores empresas têxteis da Europa? Sim. Pelo menos, na visão que Daniel Blaufuks expõe em Guimarães até Maio.

Nas imagens que o fotógrafo lisboeta realizou, durante o ano passado, numa antiga empresa têxtil, há sobretudo um vazio. Um vazio de gente, mas também de máquinas, de movimento e de ruídos. O que o artista fez em Fábrica foi imaginar o que estava para lá dessa ausência. "Aquilo está vazio e tentamos imaginar o que teria sido", explica Blaufuks. Esse exercício é feito através do que foi o seu trabalho no local, mas também de uma componente documental, através da recolha de carimbos, fichas de trabalhadores, folhas de salário, regulamentos, moedas de cartão, entre outras fontes encontradas ainda na empresa.

O espaço que Blaufuks fotografa e filma é o da Fábrica de Fiação e Tecidos do Rio Vizela, em Santo Tirso. Fundada em 1845, a empresa está desactivada e é um monstro à margem da Estrada Nacional n.º 105, que atravessa o vale do Ave em direcção ao Porto. Tem cerca de nove mil metros quadrados e albergou aquela que foi a segunda maior fábrica têxtil da Europa, chegando a empregar 5000 trabalhadores. O gigantismo da estrutura causou um "espanto inicial" no fotógrafo e acabou por influenciar este trabalho. "Se fosse uma fábrica mais pequena, se calhar teria feito alguma coisa, mas não teria feito um livro", admite, por isso.



Mas Fábrica não é apenas sobre a têxtil Rio Vizela, é um trabalho sobre a ideia de fábrica e de como nos afastamos do tempo industrial. Nesse sentido, presta-se a uma abordagem política. Do vale do Ave, Daniel Blaufuks vê o desaparecimento da classe operária europeia. Por isso, entende ser "fundamental pensar nisso". "Porque no fundo tem muito a ver com a crise em que a Europa se encontra", acrescenta, ainda que recuse qualquer nostalgia sobre esse tempo.

Este trabalho de Daniel Balufuks foi crescendo em torno de um conjunto de acasos. O primeiro foi a vontade do fotógrafo em acompanhar a rodagem da curta-metragem que o espanhol Victor Erice realizou para a Guimarães 2012 - e que é um dos segmentos do filme colectivo Centro Histórico, onde também participam Manoel de Oliveira, Pedro Costa e Aki Kaurismaki e que a Capital Europeia da Cultura estreou no ano passado, no festival de Roma. Em Vidros Partidos, o espanhol centrou-se, porém, nas histórias reais dos operários. A fábrica ficou fora de campo. E como o realizador praticamente não usou planos da fábrica, o fotógrafo percebeu que o material que tinha recolhido podia dar origem a um projecto maior.

O projecto maior é um livro, uma co-edição Pierre von Kleist Editions e Guimarães 2012, através do projecto Reimaginar Guimarães, que durante o último ano recuperou alguns arquivos históricos de fotografia vimaranenses e comissariou trabalhos de re-fotografia contemporânea da cidade. Lá dentro, pode também ser encontrado um filme feito por Blaufuks nas suas passagens pela firma, numa edição em DVD. Fábrica é também uma exposição, inaugurada no passado sábado, podendo ser visitada até 26 de Maio, no Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura (CAAA).

Na galeria - que também ocupa uma antiga fábrica têxtil, na zona urbana de Guimarães - podemos ver a projecção do filme, a instalação dominada pelo som do metrónomo e as imagens de Blaufuks. Apesar desta ser uma exposição de um fotógrafo, não tem o conceito normal de fotografia, impressa e emoldurada. O que vemos são provas de impressão do livro e algumas impressões de menor qualidade das imagens que surgem no livro. Porque Fábrica, a edição em papel, é o objecto central do trabalho, não é um catálogo de exposição. Daniel Blaufuks arriscou. O CAAA é "o sítio certo para arriscar", entende. Porque, se a exposição "tem um espaço de vida", o livro ficará por muito mais tempo: "Não está ligado ao espaço nem ao tempo em que o trabalho foi feito"."

Texto de Samuel Silva, jornal Público.



segunda-feira, 15 de abril de 2013

Nós na BBC

"Retro product renaissance proving popular in Portugal. A new trend in Portugal is seeing shopkeepers stock their shelves with products and packaging which deliberately hark back to the designs of previous decades.

Toys, perfumes and foods with a vintage look are proving particularly popular with tourists and are helping revive the country's flagging economy.
Mauricio Moraes reports."
BBC News

Coisas nossas



"Sabemos que chegamos ao destino, anunciado por uma fachada histórica que diz Fernandes, Matos & Companhia. É neste edifício, que outrora albergou uma das lojas de tecidos mais antigas do Porto, que moram as estrelas d' A Vida Portuguesa. São de outros tempos, muitas dos anos 30, 40 e 50 do século passado, mas continuam a seduzir estrangeiros e, cada vez mais, portugueses. Produtos vintage que contam uma história, deixam saudade ou são, simplesmente, rostos de um país.

A Vida Portuguesa mora no primeiro andar, no topo de uma enorme escadaria antiga que nos leva diretamente a um país cheio de tradição. Nas prateleiras brilham os mais variados produtos: os lápis Viarco, os sabonetes da Ach Brito, da Claus Porto e da Confiança, a pasta de dentes Couto, as conservas Tricana, a pasta Couto, o restaurador Olex, os cremes Nally, os bordados de Viana de Castelo, o Café Brasileira, os xaropes para refrescos Granadini, os cadernos Emílio Braga e Serrote, as andorinhas Rafael Bordalo Pinheiro, cera Encerite, brinquedos Pepe, entre muitos outros artigos que marcaram gerações.

Um mundo português que conquistou Catarina Portas, quando há cerca de nove anos, a então jornalista decidiu fazer uma pesquisa para um livro sobre a vida quotidiana portuguesa no século 20. Ao recriar uma despensa dessa época, verificou que lhe faltavam produtos... E não foi de modas! Meteu pés ao caminho e, com a sua persistência de empreendedora, bateu à porta de fábricas e casas de pequenos artesãos para os convencer a serem seus parceiros.

Em 2007, abria a loja A Vida Portuguesa, no Chiado, em Lisboa, local obrigatório em todos os guias nacionais e estrangeiros.
A loja do Porto, aberta desde 2009, não é diferente: Ponto de atração para turistas, é ali que olhos curiosos e aventureiros, ou apaixonados pelo estilo retro, encontram um mundo encantador ponteado de charmosos rótulos, embalagens vintage e muitas preciosidades registadas na memória.
A história vive em cada recanto, dando cor e vida a mesas compridas e vinte metros seguidos de móveis de madeira que quase chegam ao teto."

N COISAS NOSSAS.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Vintage portugês no Le Monde

Catarina Portas explica ao Le Monde como se fez a recuperação do património vintage em Portugal, numa mini-reportagem vídeo deliciosa que inclui uma visita aos bastidores da Ach Brito e mergulha no universo da Conserveira.



"A Lisbonne, le goût du vintage. Boîtes de sardines, serviettes brodées à la main ou savonnettes d'antan sont devenues des souvenirs ultra-tendance du Portugal, très prisés des stars américaines comme des touristes, grâce à une poignée d'entrepreneurs qui ont relancé un savoir-faire longtemps délaissé."




"Made in Portugal goodies"


"Facing the Atlantic, Portugal's capital feels deceptively Mediterranean with its rich café culture and endless sunshine. Time well spent in Lisbon invariably involves a trek up one of its seven hills. The perfect place to soak up the local vibe is the historic Chiado district.


For a pick me up, try the kiosk in largo Camões for traditional refreshments: two favorites are leite perfumado (iced milk with cinnamon and lemon) and mazagran (sweetned iced coffee with a lemon slice). This old-fashioned food-and-drink stall, once a common sight in the city, was brought back to life by Catarina Portas, owner of A Vida Portuguesa (www.avidaportuguesa.com) on Rua Anchieta, an old school emporium selling must-have made in Portugal goodies, including Azorean tea and Claus Porto soaps in art deco wrapping."


Ivan Carvalho. Scanorama, Abril 2013.

Lisboa, meninas e moças



Os jornalistas da Glamour brasileira apaixonaram-se de tal maneira pela capital que conseguiram discernir nela quatro personagens diferentes: a romântica como Alexa Chung, a tradicional como Kate Middleton, a cultural como Alice Braga e a festiva como Rihanna.

Nós, dizem eles, fariamos as delícias da duquesa de Cambridge: "Ultracharmosa, A Vida Portuguesa vende objectos de décor vintage e conservas tradicionais. www.avidaportuguesa.com"

E você, já se perguntou qual é a sua Lisboa?




terça-feira, 9 de abril de 2013

Malhas Portuguesas



Tudo o que sempre quiseram saber sobre a história do tricot em Portugal mas nunca tiveram a quem perguntar. Da Idade Média até aos nossos dias, diferentes peças utilizando os mais diversos pontos, tradicionais do continente e ilhas. Os materiais e as técnicas, com vinte modelos de fácil execução auxiliada pelas ilustrações de Rita Cordeiro. De cachecóis as meias, tudo devidamente enquadrado pelo saber de experiência feito de Rosa Pomar.



Rosa Pomar nasceu numa família de artistas, estudou História e sempre se encontrou no sétimo céu a fazer pesquisa em museus e bibliotecas. Tornou-se mãe, começou a tricotar quando ainda não era moda e criou o avidamente seguido blogue "A Ervilha Cor de Rosa". Daí à abertura da "Retrosaria" foram umas poucas fiadas de agulha. Correu o país de norte a sul, preocupada com as técnicas que desaparecem com os artesãos que vão finando. E que reuniu finalmente nesta preciosidade de livro. "Malhas Portuguesas. História e Prática do Tricot em Portugal com 20 Modelos de Inspiração Tradicional", já n' A Vida Portuguesa.




"ROSA POMAR. O MANUAL DA DETECTIVE DE LÃS. “Malhas Portuguesas. História e Prática do Tricot em Portugal, com 20 Modelos de Inspiração Tradicional”, é um livro que podia bem ser um cancioneiro das malhas. Carolina Pelicano Falcão conversou com a autora, Rosa Pomar, e aventurou-se no tricot.

Podemos dizer que as histórias sempre interessaram a Rosa Pomar. Mas, se a aventura começou pela História, área em que se formou, o mundo depois desenrolou-se qual novelo de lã, e Rosa foi atrás. O seu novo livro é exemplo disso e resultado de três anos de pesquisa e de galgar Portugal de norte a sul, sem esquecer as ilhas. Nele estão reunidas três etapas fundamentais, que fazem com que seja muito mais que um manual didáctico de tricot." Carolina Pelicano Falcão, jornal i.

Beiroa

A mais pura lã das ovelhas da Serra da Estrela, as mesmas de cujo leite se faz o famoso queijo. Sem qualquer tipo de tratamento químico, para se manter o mais próxima possível da origem. Também disponível noutras cores. Desenvolvida por Rosa Pomar para a sua Retrosaria, disponível n' A Vida Portuguesa.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Chocolate para Turistas



"Souvenir de Portugal. Voltam a reeditar-se as barras para turistas da marca histórica portuguesa regina. Chocolate negro, com leite ou amêndoas em embalagens que recuperam imagens vintage do Estoril ( €10 www.loja.avidaportuguesa.com)." Elle Espanha, Abril 2013.



Mais um delicioso número da revista COMER, que (para além das receitas, entrevistas e dicas habituais) apetece ainda mais pelo cupão de desconto para a caixa de Chocolates para Turistas Regina / A Vida Portuguesa que traz este mês. Porque o fim-de-semana pede leitura e guloseima.

Uma linha clássica, de rótulos vintage e tema inesperado, resgatados dos primórdios daquela que é uma das grandes marcas históricas portuguesas. Um trio de tabletes também vendidas numa caixa de oferta chic a valer, como se diria na época.

Em 1928, o cheiro guloso do chocolate começou a espalhar-se pelo bairro lisboeta de Alcântara com a fundação da primeira fábrica da Regina. Nascia então a indústria do turismo e o Estoril afirmava-se como o primeiro destino chic e cosmopolita do país com a Costa do Sol a publicitar-se dentro e fora de portas.

A Regina, marca seleta de chocolates, aproveitou a moda para lançar uma curiosa novidade: as tabletes Costa do Sol, dedicadas especialmente aos turistas. Entre as décadas de 30 e 40 do século passado, foram-se sucedendo as tabletes com vistas do Estoril, ilustrações de banhistas e elegantes barcos de recreio. Em 2012, quando tantos estrangeiros descobrem Portugal, regressam os Chocolates para Turistas, sempre atuais, muito deliciosos e incrivelmente charmosos.


segunda-feira, 1 de abril de 2013

Die gute alte Zeit im Korb

Saudade shoppen: Catarina Portas verkauft in ihren Läden alte Markenprodukte. Schokolade und Seifen erzählen bei A vida portuguesa von der Geschichte des Landes.



Lissabon ist eine Stadt mit ruhigem Puls. Wer A vida portuguesa, den Laden von Catarina Portas im Geschäftsviertel Chiado, betritt, der spürt das. Angestellte mit steifen Leinenschürzen, knarzende Dielen, verwirrende Düfte. Metallpolitur, Vanillezucker, Veilchenseifen. Dosen, Tütchen, Päckchen in gold, grün, rot, gelb und violett. Das Retrogeschäft gibt es seit sieben Jahren. Es ist groß – ganz Portugal findet hier Platz.

Alltagswaren von knapp fünfzig heimischen Herstellern verkauft die 44-jährige Unternehmerin in ihren Gemischtwarenläden. Portas betreibt ein Geschäft in Lissabon, eines in Porto, beliefert Verkaufspunkte in ganz Portugal und in sieben anderen Ländern (auch in Deutschland). Selbst stand die Unternehmerin noch nie hinterm Holztresen. Quer übers Land jagt sie seit dem Jahr 2004 einer Idee nach: "Wir wollen altbewährte Markenprodukte vor dem Aussterben bewahren", sagt sie. "Sie erzählen von portugiesischem Erfindergeist und harter Arbeit, beweisen in ihrer Langlebigkeit, dass Portugal eine Zukunft hat."

Die Kunden geben ihr Recht. Sie wollen Waren mit eigener Identität kaufen, aus Stilbewusstsein oder wegen der Saudade, dieser unstillbaren Sehnsucht, der auch der Fado entspringt. "Wir setzen auf die magische Kraft des Objekts", sagt Portas. Alles wird in Originalverpackungen der 1920er bis 1960er Jahre präsentiert. Fischkonserven mit goldenen Ranken oder vollmundigen Frauengesichtern erzählen von Zeiten, in denen portugiesische Ölsardinen als Delikatesse nach Frankreich und Großbritannien exportiert wurden. Latex-Teigschaber mit Holzgriff tragen den Namen "Salazar", weil "sie keinen Teig in der Schüssel zurücklassen", erklärt Portas lachend. "Das hätte dem Diktator gefallen, er litt ja unter krankhaftem Geiz."



Bei der Recherche zu einem Buch über portugiesisches Alltagsleben im 20. Jahrhundert überkam die damalige Journalistin vor ein paar Jahren eben jene Saudade, die diffuse Sehnsucht nach einer Zeit, die landläufig als gut und alt gespeichert ist. Sie prägte die Identität des Landes: Zwischen den 1930er und 1970er Jahren führten die Portugiesen unter Diktator António de Oliveira Salazar ein quasi selbstversorgerisches Leben am Rande Europas. "Wir sehnen uns natürlich nicht nach der Diktatur, sondern nach dem Lebensstil der Salazar-Jahre", sagt Portas. Sie wirkt selbst wie aus den vierziger Jahren, mit ihrem schräg geknoteten, seidenen Halstuch und dem gewellten, kinnlangen Haar. Man meint, sie müsse nach Lavendel riechen.

Catarina Portas ist Tochter eines Architekten. Ihr Halbbruder Miguel Portas war bis zu seinem Tod im vergangenen Jahr Abgeordneter des linken Parteibündnisses Bloco de Esquerda (BE) im europäischen Parlament. Ihr geht es nicht nur um die Antifaltencreme von Portugals letzter Königin Amélia (zehn Euro) oder um Europas ältesten Schwarztee, der seit 1874 auf den Azoren wächst (100 Gramm 4,90 Euro). Sie kämpfe für Portugals Seele, sagt sie, wolle beweisen, dass ihre Landsleute etwas taugen, obwohl das Land am EU-Tropf hängt und mit 185 Milliarden Euro verschuldet ist.

Dabei zeigt sie Geschäftssinn, Intuition und Patriotismus: Vor drei Jahren hat Portas eine Bewegung zur Wiedereröffnung des Museums für Volkskultur in Belém maßgeblich unterstützt, das elf Jahre lang geschlossen war. Sie hat einige der Lissabonner Quiosques do Refrescos gekauft, runde Stehausschänken, die wie Litfaßsäulen mit Tresen wirken. Dort kann man im Vorbeigehen alte Getränke kosten: Mazagrán (kalter Kaffee mit Eis und Zitrone), Leite perfumado (Milch mit Johannisbeer-Sirup), Capilé (portugiesische Cola aus Karamell, getrocknetem Tüpfelfarm, Wasser und Zitrone) oder Likör aus Ginjinha-Kirschen.



© Annett Bourquin, ZEIT online.