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terça-feira, 5 de outubro de 2010

A febre dos bigodes

O Expresso veio espreitar as lojas e as tabelas de vendas. "A febre da República. Celebrar, recordar, editar, decorar, brincar, marcar e contar. (...) Só nas lojas A Vida Republicana (sucursais da empresa A Vida Portuguesa) espalhadas por três exposições (Viva a República, Corpo e Viajar em Lisboa) venderam-se, até ao início desta semana, cerca de 2 mil catálogos das respetivas mostras. (...) O sabonete evocativo da senhora de seio descoberto e espada na mão passou a decorar duas centenas de casa de banho e o tradicional bigode de 1910 está a fazer furor. Não será pois de espantar que, por estes dias, muitos o exibam. Nem que seja só por horas." Carla Tomás, 02 de Outubro de 2010

E o Câmara Clara escolheu A Vida Republicana do Terreiro do Paço para cenário do último programa, com destaque para o espaço da livraria, onde "convergem grande parte dos livros e catálogos" comemorativos da ocasião. Paula Moura Pinheiro à conversa com Fernanda Rollo sobre as comemorações que têm feito estes dias.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

República em Festa

As lojas republicanas estão abertas até às 24h00 a partir de hoje e até dia 5 de Outubro, tal como as exposições a que servem de complemento. O programa nacional das festividades arranca hoje com o desfraldar da bandeira (às 17h00 no Arco da Rua Augusta) e vai das cerimónias oficiais à celebração dos bigodes, das tascas e dos bailaricos. "Vamos festejar Portugal nos 100 anos da República".

Lojas A Vida Republicana: Cordoaria Nacional, Avenida da Índia ("Viva a República!"), Átrio do Ministério das Finanças no Terreiro do Paço ("Viajar - Viajantes e Turistas à Descoberta de Portugal no Tempo da Primeira República), Torreão Poente do Terreiro do Paço ("Corpo – Estado, Medicina e Sociedade no Tempo da Primeira República") em Lisboa.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Torreão Poente

Há mais vida no Torreão Poente do Terreiro do Paço. Porque abriu mais um espaço d' A Vida Republicana, o terceiro, para complementar a exposição Corpo, sobre "Estado, Medicina e Sociedade no Tempo da Primeira República". Todos os dias, das 10h00 às 18h00.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

República viva

Crónica de Nuno Pacheco no Público, 2 de Agosto 2010: "Agosto é mais propício às praias, já se sabe, mas por algumas horas pode ser saudável subtrair o corpo aos raios solares e levá-lo até outras aventuras. Uma, inesquecível, corre o risco de ser desmesurada para a (escassa?) procura, mas é imperdoável perdê-la. Trata-se da exposição Viva a República! (1910-2010), acto maior do centenário e que ocupa na íntegra as instalações da Cordoaria Nacional, em Lisboa. Quem pensa tratar-se de um desfile fastidioso de bigodes, cartolas e chapéus de coco desengane-se.

A forma como foi concebida, se por um lado revela uma paixão indisfarçável pela revolução da "ideia", mostra ali também tudo o que contribuiu para acelerar o seu fim. Como uma sucessão de quadros num teatro, as várias alas da exposição fazem "desfilar" perante o visitante, dando a sensação de que elas próprias se movem e não apenas quem as vê e visita, uma República viva, repleta de pequenas histórias, nomes, lugares, cartazes, sons, filmes, declarações inflamadas e gritos de revolta, peças de oratória e manifestos eloquentes, caricaturas virulentas e sátiras mordazes a tudo e todos. Que num jornal como O Zé retratavam, com um desenho a condizer, a sessão parlamentar de uma certa quarta-feira de 1912 do seguinte modo: "Sôccos, bofetadas, pontapés, murros, cachações, caldos, galhetas, solhas, cervejas, estalos e um monoculo pelo ar! Ena rapazes! D'esta vêz é que foi trabalhar!"

E, claro, com caricatura ou sem ela, também as coisas da vida de todos os dias: em casa, nas escolas, nos espectáculos, nas ruas. Lá estão os cartazes das modas e os que vendiam cognac, os das touradas e os do boxe (com Max Fredo, o "rei do K.O." e o célebre e popular Santa Camarão), os dos teatros e das sessões de cinema no Chiado Terrasse. E a Orpheu, claro, Almada e Pessoa e os gritos das artes contra a já exposta falência dos políticos. E, a par das novas liberdades sociais e políticas, a humilhação dos padres e a expulsão dos jesuítas, o que levou a comparar Afonso Costa ao Marquês de Pombal (que, nem de propósito, viria a ganhar por via republicana uma estátua em pleno centro da Rotunda que, de lugar histórico do republicanismo se tornou depois, assim se mantendo hoje, Praça Marquês de Pombal).

E ainda os terrores da guerra, com os seus milhares de mortos e mutilados, as trincheiras da pesada derrota de La Lys e os minutos de silêncio pedidos a "homens de todas as crenças" para "glorificar" os que deram o seu sangue pela grandeza de Portugal". E, numa repetição fatal, os tumultos e revoltas, as trocas imparáveis de ministros e as greves, o descontentamento popular e a degradação progressiva do poder e do Estado.

São precisas várias horas, até porque é impossível desviar o olhar de muitos dos textos, escritos de forma clara e atractiva e expostos com mestria gráfica, mas vale a pena. Mais do que uma exposição, Viva a República! é uma sucessão de quadros vivos, impressivos, que aproxima a história do comum dos mortais. Quem a visitar, voltará outra vez. Só é pena que tal trabalho se perca e não fique, como merecia, para museu."

Nota: as lojas A Vida Republicana da Cordoaria e do Terreiro do Paço estão abertas até às 24h00, hoje e dia 12 de Agosto, fazendo companhia às exposições que complementam: "Viva a República!" e "Viajar - Viajantes e Turistas à Descoberta de Portugal no Tempo da Primeira República" respectivamente. Isto porque o Festival dos Oceanos veio animar a cidade e associa-se às comemorações do Centenário da República Portuguesa.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Agora também no Terreiro do Paço...

A segunda loja temporária A Vida Republicana serve de complemento à exposição "Viajar - Viajantes e Turistas à Descoberta de Portugal no Tempo da Primeira República". No Terreiro do Paço, em Lisboa, mais precisamente no Átrio do Ministério das Finanças. Aberta, como a exposição, todos os dias, das 10h00 às 18h00.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Viva a Viarco!

Passámos recentemente pela Viarco e vimos os lápis "Viva a República!" ganhar vida. Passar da grafite e da madeira às cores da bandeira nacional. Já estão disponíveis na loja da Cordoaria e não poderiam faltar na segunda loja A Vida Republicana, que nos preparamos para abrir, já amanhã. Fotografias de Catarina Portas.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

A Vida Republicana

A Vida Portuguesa abriu uma nova loja. Trata-se de uma loja temporária que complementa a exposição “Viva a República!”, na Cordoaria Nacional em Lisboa, a mais importante e extensa exposição incluída nas Comemorações Oficiais do Centenário da República. “A Vida Republicana” reune produtos portugueses da época, apresenta reedições de produtos rebublicanos especialmente concebidos para a ocasião, e inclui ainda uma livraria temática.

Inaugurou no passado dia 18 de Junho “Viva a República!”, a principal exposição comemorativa do Centenário da República em Portugal. Comissariada por Luís Farinha e cncenada com esmero pelo Atelier Henrique Cayatte, aborda tematicamente, em 10 núcleos distintos, as particularidades do regime político que passou a ser o nosso desde 5 de Outubro de 1910. Está patente na Cordoaria Nacional, Avenida da Índia em Lisboa, até Outubro de 2010. A inauguração contou com a presença de inúmeras figuras públicas, incluindo a do primeiro ministro José Sócrates.

O convite foi endereçado pela Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República (CNCCR) a Catarina Portas, a proprietária das lojas A Vida Portuguesa. Foi um desafio que acolhi, logo de início, com entusiasmo. Pois acredito que o consumo também pode ser um acto de conhecimento e cultura – além de um gesto político.

A reedição de produtos de época ou a produção de objectos de consumo inspirados por este tema pode ser também uma forma de sensibilizar, recordar e dar a conhecer a história de um país. E, dadas as características do tema “República”, gostaria de acreditar que estes objectos poderão ser capazes de contribuir para incitar à reflexão e alimentar um sentimento de cidadania, indispensável a uma democracia plena e participada.

Investiguei os arquivos de várias fábricas e empresas com as quais trabalho regularmente como a Ach Brito (reeditaremos fielmente o sabonete República de 1910), a Bordalo Pinheiro (que recuperou o molde original do cinzeiro “Viva a República” para a sua reedição) ou a CRERE – Museu do estuque (que guarda o espólio dos estuques da Oficina Baganha onde se incluía um busto da figura da República, agora à venda em dois tamanhos). Também há uma placa publicitária em metal, reproduzindo um delicioso anúncio de época, e até, um “Bigode Republicano”, especialmente dirigido ao público infantil.

A imagem da loja, tal como a criação de alguns produtos inspirados pela iconografia republicana ( uma colecção de 3 canecas, por exemplo) foram desenvolvidos em colaboração com o reconhecido designer gráfico Ricardo Mealha.

A Vida Portuguesa estreia-se assim na criação de espaços com objectivos mais direccionados, adequados a temáticas que lhe são caras, com produtos feitos à medida. Também pesou na decisão o facto de poder fazer encomendas a várias empresas portuguesas, aumentando a facturação das mesmas em época de crise. Os encargos financeiros inerentes ao desenvolvimento e fabricação dos produtos são suportados pel’ A Vida Portuguesa, que os comercializa ainda nas lojas de Lisboa, do Porto e online. E que é responsável ainda pela livraria, que apresenta uma selecção de obras sobre a República e a sua época, com muitas curiosidades.

Catarina Portas recomenda vivamente a visita a uma exposição como é raro fazer-se em Portugal, extensa, bem investigada e excelentemente apresentada sobre um período crítico mas importante (e quase sempre tão mal conhecido) da nossa história recente. Pois acreditamos que conhecer a história é aprender com ela, com os seus erros inclusive, para nos podermos governar melhor.