quarta-feira, 9 de outubro de 2013

A qualidade do que fazemos


"Nós, enquanto povo, sempre tivemos um bocadinho a tendência para achar que a primeira qualidade de um produto não era ser bom ou ser mau, era ser estrangeiro. Isso já se encontra até em alguns escritores do século XIX e, por exemplo, há um fenómeno muito curioso que é as duas grandes saboarias portuguesas, a Ach Brito e a Confiança, que, nos primeiros anos 20 anos da sua vida, vendiam sabonetes feitos em Portugal mas inteiramente rotulados em francês. Pois como era um produto de luxo, tinha que ser francês, senão não se vendia.

Mas acho que isso está a mudar. E tem mudado por várias razões. Uma delas é a crise, que não traz só coisas más, as pessoas foram obrigadas a confrontar-se um pouco com a realidade económica e, de repente, também perceberam que quando estão a comprar português estão a assegurar empregos de pessoas que vivem na mesma comunidade."

No programa 5 PARA A MEIA NOITE, Catarina Portas explicou como se perdeu uma modista de chapéus para se ganhar primeiro uma jornalista e depois a empresária por trás d' A Vida Portuguesa. O programa, na íntegra, aqui.


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