sexta-feira, 30 de maio de 2014

Os Anos de "O Independente"

“O que não se pode substituir nunca é a juventude, a primeira vez. Eu não conhecia o Paulo, o Paulo não me conhecia, éramos dois putos e decidimos: ‘Vamos fazer um jornal.’ Não sabíamos nada de jornais, nunca tínhamos trabalhado em jornais, e isso era excitante, poder fazer tudo, decidir quem é o director. Era maravilhoso, não se consegue reproduzir.”

Pela primeira vez em público, ao fim destes anos todos, o ex-director e o ex-director-adjunto de um dos projectos mais originais e marcantes do mercado editorial português encontram-se para falar sobre OS ANOS DE "O INDEPENDENTE". E é bem capaz de ser inevitável um olhar ao Portugal recente, a quanto mudou e àquilo que talvez não tenha mudado tanto como isso...

Amanhã, sábado, às 17h00, na loja do Intendente, concluímos a celebração do mês MEC inspirada pelo lançamento do seu último livro. Quando Miguel Esteves Cardoso conversar com Paulo Portas - sobre uma aventura jornalística e a vontade de mudar o mundo.

Dia 31 de Maio, às 17h00
N' A Vida Portuguesa
Largo do Intendente 23

sexta-feira, 23 de maio de 2014

"5 imprescindibles si vas a Lisboa"

"Nos gusta Lisboa, de ahora y de siempre. Visitarla de vez en cuando es bueno para  darse cuenta de su manera peculiar y moderna de estar viva, renovada pero conservando su esencia. Hemos estado hace poco, y hemos descubierto 5 sitios interesantes en la ciudad de las siete colinas. Lugares que te gustarán porque aúnan diseño puntero con guiños tradicionales."

"REGALOS DE ANTAÑO. Entrar en alguna de las tiendas de A Vida Portuguesa es hacer un viaje al pasado. Sus locales, en antiguas fábricas rehabilitadas, están repletos de estanterías y mesas con pequeños objetos variopintos. Te puedes encontrar todo lo inimaginable: jabones con envoltorio retro, cuadernos de los de toda la vida; imanes de antaño, muñecos de hojalata u originales cajas de sardinas ¡comestibles!…"

Estefanía Ruilope
El Hedonista

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Quando as andorinhas levantam vôo da nossa loja...

 podem muito bem aterrar numa secretária do The New York Times...

"The relatively new A Vida Portuguesa store in Intendente also proved to be a trove of Portuguese décor. “This is a place that definitely makes you want to buy stuff,” said Mr. Duarte, adding that although he isn’t usually an avid shopper, “I bought those pillow cases, that bath mat, I almost bought those melamine dishes.”

Near the entrance, the ceiling was covered with ceramic birds, handmade replicas of the andorinhas, or swallows, that have become a symbol of the country. The store sells two versions: one made in collaboration with Bordallo Pinheiro, the centuries-old ceramics factory, and a less-expensive version for those who prefer symbolism over provenance."

Rima Suqui
The New York Times

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Do tradicional comer


Os americanos têm a Julia Child, os ingleses a Delia Smith, nós temos a Maria de Lourdes Modesto. Uma diva da cozinha que nos tem ajudado a compilar e a desfrutar da magnífica culinária portuguesa. Aqui une os seus esforços aos de Afonso Praça, para nos brindar com receitas dos comeres que marcam presença nas festas da nossa gente. Numa obra que enquadra as ocasiões festivas e convida a passar à prática. Tarefa facilitada, de resto, pela fotografia de Nuno Calvet.
“Nem conjunto de ensaios etnográficos, nem recolha de receitas de cozinha, nem álbum de fotografias, Festas e Comeres do Povo Português acaba por ser um pouco de tudo isso, como de resto era inevitável”. Pura gula literária.





"Fruto de um exaustivo trabalho de pesquisa, Maria de Lourdes Modesto foi recebendo e compilando, durante anos, milhares de receitas que lhe chegaram de todos os pontos do país. Dessas, seleccionou as cerca de 800 que compõem esta obra, e que se lhes afiguraram como as mais representativas das várias regiões de Portugal, incluindo Açores e Madeira,
Um trabalho notável que desvenda os segredos da cozinha típica e tradicional portuguesa ciosamente guardados ao longo de gerações."

E, muito justamente, o livro de cozinha mais lido em Portugal, acrescentamos nós.

Disponível na nossa loja online

A "mão divina" de Maria de Lourdes


"Se existe uma diva em Portugal, chama-se Maria de Lourdes Modesto. A senhora que ainda tem muito de menina foi uma estrela da televisão portuguesa e continua a ser uma referência incontornável na divulgação da boa gastronomia portuguesa - perguntem aos maiores chef's de todas as gerações, como Vítor Sobral ou José Avillez, muitos por ela lançados, e verão o que respondem.

Num país como Portugal onde as referências culturais são tão poucas - e uma delas, talvez a principal, é a gastronomia - só por disparate nacional é que se podem desperdiçar personalidades galácticas como Maria de Lourdes. Falo dela com este tom pessoal porque aqui há uns anos fui incumbido por Miguel Esteves Cardoso de a contratar como redactora principal da Preguiça, uma revista d' O Independente de que eu era editor. Recebeu-me em sua casa com a humildade que só os grandes têm e ficámos imediatamente amigos para toda a vida. Eu como fã. Ela como estrela, claro."

Paulo Pinto Mascarenhas
in "Atlântico"

terça-feira, 20 de maio de 2014

Comer bem


«A vida come-se quando é boa; come-nos quando é má. E às vezes, quando menos esperamos, também comemos com ela. 
Em Portugal, antes de todas as coisas, está o tempo. Este tempo. Este que ninguém nos pode tirar e a que os povos com tempos piores chamam, à falta de melhor, clima. 
Depois, há coisas que crescem por causa do tempo. Como o tempo é bom, são boas. E como as coisas são boas, os portugueses querem comê-las. E comem-nas bem comidas, o mais perto que possam ficar da nascença. Ou da cozinha. O resto pode ser do pior que pode haver no mundo. Não é. Mas pode ser, à vontade do freguês, conforme se quiser.

Que se lixe esse resto. Quando se come bem - quando se come a vida à nossa volta, com Portugal inteiro à nossa volta, a comer connosco - esse resto também não parece grande por aí além.
Que fique por saber como realmente se vive em Portugal. Mas que fique claro que comer, não se come mal. Que sirva este meu livro de gordo desmentido.
E o resto é como o resto. Ah, Portugal, nosso restaurante... Mas, quando se come bem e se está de barriga cheia, o resto que está mal é como o resto de um bom almoço.
Alguma coisa há-de fazer-se com ele.
Porventura deliciosa, se faz favor.»

"Em Portugal não se Come Mal"
Miguel Esteves Cardoso

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Em Por­tu­gal não se come mal


"Durante um mês vai-se falar de MEC e de todos os assun­tos sobre os quais ele tem escrito desde sem­pre. Muita coisa, por­tanto, da música ao jor­na­lismo. Mas que­ria cha­mar a aten­ção para um dia par­ti­cu­lar­mente irre­sis­tí­vel para quem se inte­ressa por coi­sas de comida: a 24 de Maio, a par­tir das 17h, o Miguel vai con­ver­sar com Maria de Lour­des Modesto sobre vícios e con­for­tos da ali­men­ta­ção naci­o­nal. O pre­texto dessa vez é o livro de tex­tos sobre comida Em Por­tu­gal não se come mal."

Alexandra Prado Coelho
"Mais Olhos que Barriga"
Público