Aventuras e reflexões sobre produtos antigos e novo comércio
Sugestão pascoalícia do dia: um livro divertido para quem gosta de ovos (mexidos, estrelados, cozidos, escalfados) e para quem nunca tinha reparado na importância de uma simples galinha. Para leitores autónomos e para os mais pequeninos.
Deliciosa oferta (para o próprio ou terceiros) para comemorar os dias da Páscoa, esta caixa com meia dúzia de ovos de chocolate Avianense.
Em 1880, Adriano Ramos Pinto, um artista portuense de 21 anos, decidiu fundar uma empresa de vinho do Porto. Em 1896, o irmão António, fotógrafo, junta-se ao negócio e cedo decidem apostar no mercado brasileiro para o qual, nos anos 20, exportam já metade da produção.
O essencial do Porto, sem sobressaltos nem percas de tempo, passa pela "gruta de Ali Babá" que é A Vida Portuguesa. Palavra de Madame Figaro.
A revista Monocle veio conhecer os bastidores dos sabonetes portugueses afamados no mundo inteiro, que é como quem diz a fábrica onde se produzem também os exclusivos Ach. Brito / A Vida Portuguesa (uma parceria de sucesso que se estendeu à sociedade na loja do Porto):
Fundada em 1925 em São João da Madeira, a Oliva depressa se tornaria sinónimo de máquinas de costura em Portugal. Ainda hoje a sua herança perdura no imaginário de muitos portugueses, como o nome que vem à mente perante a imagem do espécime que todas as avós tinham em casa.
"Lisbonne déco. Réhabilitation de ses docks, ouverture des musées, de boutiques hype et de restaurants gastronomiques... Lisbonne, avide de nouveautés, bruisse d'une nouvelle effervescence culturelle et artistique. Voici 24 bonnes bonnes raisons de courir dans cette capitale très "lifestyle". (...)
"E era assim que as coisas aconteciam, / pois um pai com seis filhos tem, / naturalmente, que fazer pela vida." Livro infanto-juvenil de capa mole, 62 páginas e o humor de Alface (o escritor João Alfacinha da Silva, 1949-2007). Para os homens (e sua descendência) que sabem que nestas coisas (sérias) da paternidade o mais importante mesmo é manter um sorriso no rosto.
E chega a altura do ano em que damos cabo da cabeça à procura de mais uma forma de dizer ao nosso pai que gostamos mais dele do que de todos os outros. Porque já não temos caras para repetir o número do par de meias ou do gel de barbear. Porque queremos mimá-lo com um presente bonito mas sabemos que ele gosta de coisas úteis, que o façam sentir como um homem a sério. Como os canivetes (entre os €6,80 e os €19,20) da Ivo Cutelarias, uma combinação de estilo e utilidade que dá sempre jeito ter à mão. Porque ainda se fazem homens (e pais) como antigamente.
Tal como das outras vezes em que esteve em Lisboa, a actriz francesa Fanny Ardant passou pel' A Vida Portuguesa. E, se antes tinha levado andorinhas Bordalo Pinheiro, hoje comprou, entre outras lembranças, a belíssima placa vintage da Ramos Pinto.
A república é daquelas coisas que se celebram quando a gente quiser. Principalmente agora, que as placas de metal e os bustos de gesso estão a preços especiais de corrida. E que bonitos que ficaram neste número da Casa Cláudia!
"Nos tempos que correm nem todos andam à procura dos mais recentes gadgets, do último grito da moda, ou mesmo de inovações de culinária. Bem pelo contrário, há uma fatia do público que procura um cheirinho a outros tempos em roupa vintage, livros antigos ou água de colónia dos cavalheiros de antigamente. E não é preciso irmos bisbilhotar os baús dos nossos avós ou passar horas na internet para encontrar pérolas: elas encontrem-se bem perto na baixa do Porto. O JUP foi visitar 3 lojas onde o tempo parece parar por um momento, para deixar o passado imiscuir-se no nosso presente.(...)
"A Adega Cooperativa da Lourinhã e a Quinta do Rol são os únicos produtores da região demarcada de aguardente que em Março comemora 20 anos. A exportação está agora no horizonte.
Intitula-se muito simplesmente "Joana Vasconcelos" mas traz 15 anos de trabalho condensados num tomo de 364 páginas e 200 ilustrações a cores. Um tomo que impressiona antes de mais pelo tamanho, a apresentação (do design de Ricardo Mealha à lustreza do papel), o cuidado de edição (pela Livraria Fernando Machado, fundada em 1922 no Porto). E depois - last but not least... - por ser um espantoso apanhado do trabalho impressionante (em termos de criatividade e escala) que Joana Vasconcelos tem vindo a desenvolver.
Para todas as raparigas de espírito independente, eis um verdadeiro guia de aventuras interdito a rapazes. Uma mini-enciclopédia sobre os mais variados temas, para as raparigas que se querem divertir e aprender ao mesmo tempo. Aquelas que vão para todo o lado...
Sabia que um dos cadernos Serrote "viajou em 2009 até ao Polo Norte no bolso de Nikita Vasilevskiy"? Que a génese deste projecto tão português aconteceu na Finlândia? Que as suas capas continuam a ser impressas numa velhinha máquina Heidelberg?
Nesta breve mas inspiradora entrevista a "O Editorial", a dupla de designers por trás da Serrote revela ainda que vai "buscar inspiração às coisas bonitas que nos rodeiam: às árvores, aos passarinhos, aos barcos no Tejo, aos sinais de trânsito, à roupa nos estendais, a viagens ao Portugal profundo”.