terça-feira, 10 de julho de 2012

A jóia da coroa


Os ingleses já não passam sem elas, para adoçar a boca a seguir à refeição ou simplesmente quando apetece, a acompanhar um vinho do Porto ou da Madeira, muitas vezes a contrabalançar o seu equivalente ao queijo Roquefort, Stilton de seu nome. Nós servimo-nos das Ameixas d'Elvas sobretudo para coroar uma fatia de Sericaia mas a verdade é que já era altura de lhes encontrar novas utilizações e tirar delas o máximo partido. A partir de agora também à venda n' A Vida Portuguesa, desfrute tal e qual ou experimente juntar a um Bolo de Mel, um Clafoutis, um Cheesecake, um Guisado de Porco ou um Pato Assado.

As ameixas de Elvas são elaboradas com a variedade Rainha Cláudia Verde, também conhecida como "ameixa d' abrunho de França e Guadalupe", por ter vindo da Ásia Menor por via francesa, que se adequa na perfeição aos solos e ao clima do Alto Alentejo, praticamente sem necessidade de recurso a pesticidas. Esta variedade da "prunus domestica" começou a ser confitada (submersa em calda de açúcar durante pelo menos cinco semanas) nos conventos de freiras, ainda no tempo do Infante Dom Henrique, tornando-se num dos doces mais antigos e típicos da região.

Destinadas a mesas abastadas ou ocasiões festivas, já faziam parte do receituário do Convento de Nossa Senhora da Consolação ou das Dominicanas (fundado em 1528 e extinto em 1861). A partir de 1830 começam a aparecer as pequenas indústrias artesanais dedicadas às ameixas de Elvas e no século seguinte estas chegam ao estrangeiro e a ganhar o reconhecimento internacional, na forma de mais de duas centenas de prémios em certames da especialidade. Qual jóia da coroa que, agora, apetece redescobrir.

Disponíveis confitadas escorridas ou em calda de açúcar, em frascos de 300 ou 500gr.

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