segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Do tacho até à fábrica

‎"Quando metade da redacção da Time Out começou a tossir, Mariana correia de Barros lembrou-se da cura tradicional. Foi até à Amadora, conhecer a fábrica dos rebuçados peitorais portugueses." E retomou a história a partir do ponto em que a conheciamos: quando o francês Dr. Bayard deu uma caixa de rebuçados, incluindo a receita dos mesmos, como forma de retribuir os favores (e a amizade) de Álvaro Matias durante os anos de refúgio em Lisboa.

"Os anos passaram, Álvaro trocou a mercearia por uma leitaria, casou-se e, no ano em que nasceu a primeira filha, 1949, decidiu experimentar a receita. Mesmo sem perceber nada do assunto. "Fazia a mistura num tacho em casa e a minha mãe embrulhava. Eram poucos quilos por dia, claro". (...) Mas eis que um dia... "Foi para Itália com uns amigos ver um jogo de futebol e acabou por ir visitar umas fábricas de doces." Fez contactos, importou algumas máquinas e deu início à primeira fábrica de rebuçados. "No quintal da nossa casa."

"Hoje já vão na terceira leva de máquinas industriais. Cada vez mais eficientes. A fábrica trabalha de segunda a sexta, com uma produção média de quatro mil quilos de massa por dia. E isso significa nada mais nada menos do que 640 mil rebuçados. (...) Do Dr. Bayard é que nunca mais ninguém ouviu falar. E já lá vão 62 anos."

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